Caracterização fitoquímica e avaliação da atividade antioxidante de materiais obtidos in vivo e produzidos in vitro de Passiflora alata Curtis
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19881 |
Resumo: | Passiflora alata Curtis, conhecida como maracujá doce, possui grande interesse agronômico devido ao seu fruto doce e flores vistosas. É considerada uma planta medicinal, reconhecida pela Farmacopeia Brasileira e utilizada como matéria-prima para fitoterápicos e cosméticos. Estudos identificaram atividades ansiolítica, antioxidante, anti-inflamatória, entre outras, associadas principalmente, à presença de flavonoides, saponinas e alcaloides em suas folhas e frutos. A produção dessas substâncias bioativas por meio das técnicas de cultura de tecidos vegetais tem sido obtida com sucesso em diversas espécies. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de substâncias bioativas e o potencial antioxidante de materiais obtidos in vivo e produzidos in vitro de P. alata. Para isso, plantas in vitro foram obtidas a partir da germinação de sementes em meio MS ½. Calos friáveis foram induzidos a partir de segmentos foliares excisados de plantas propagadas in vitro e cultivados em meio MSM suplementado com picloram (PIC) a 28,9 μM e mantidos na presença ou ausência de luz. Adicionalmente, calos mantidos na ausência de luz foram utilizados para indução de culturas de células em suspensão (CCS). Para o estabelecimento de culturas de raízes adventícias, segmentos radiculares proximais e distais de plantas propagadas in vitro ou daquelas derivadas da germinação in vitro foram cultivados na presença de diferentes concentrações das auxinas AIB, AIA e ANA a 25°C ou 30°C. A maior multiplicação de raízes foi observada a partir de segmentos proximais excisados de plantas derivadas da germinação in vitro, na presença de AIB a 5,7 μM e temperatura de 25°C. Extratos etanólicos (80 %) de folhas de plantas obtidas in vivo, aclimatizadas e propagadas in vitro, assim como de calos mantidos na presença ou ausência de luz, foram analisados por cromatografia em camada delgada. Foi detectada a presença de flavonoides e alcaloides nos extratos de folhas, e de saponinas nos extratos de todos os materiais analisados. Os extratos de folhas foram ainda analisados por CLAE-DAD-UV e CLAE-EM, nos quais foram encontradas diversas substâncias, entre elas os flavonoides vitexina-2’’-O-ramnosídeo e isoorientina, além da saponina quadrangulosídeo. Os mesmos materiais foram avaliados quanto à sua capacidade antioxidante por meio dos ensaios de captura do radical DPPH e da capacidade quelante de íons ferrosos. Todos os extratos apresentaram capacidade antioxidante, sendo os maiores potenciais observados nos extratos de folhas. Por outro lado, o extrato de calos mantidos na ausência de luz apresentou baixa capacidade antioxidante. Esses resultados revelaram o potencial de sistemas biotecnológicos para a produção de substâncias bioativas em P. alata. |