Qualidade de vida dos pacientes portadores de insuficiência cardíaca atendidos pelo Programa de Boas Práticas Clínicas em Cardiologia
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18359 |
Resumo: | Introdução: A insuficiência cardíaca é considerada a via final comum das cardiopatias. O aumento da prevalência e o envelhecimento da população colocam a atenção primária como nível ideal de intervenção, em que o conhecimento sobre a doença, o autocuidado e o manejo de sinais e sintomas são orientados, também, por uma enfermeira especialista. A avaliação da qualidade de vida é uma importante ferramenta para indicar ações de enfermagem, principalmente, voltadas para área da educação. Objetivo: Comparar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca crônica descompensada na admissão hospitalar e 180 dias após a alta, através da aplicação do questionário de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (OMS) pela equipe da pesquisa, no período de março de 2016 a dezembro de 2018. Os objetivos específicos foram descrever o perfil do paciente, avaliar a taxa de re-hospitalização global e mortalidade global no período de 180 dias. Metodologia: Coorte retrospectiva com abordagem quantitativa na qualidade de vida. Resultados: Dos 145 pacientes iniciais, 99 tiveram o questionário de qualidade de vida respondidos na admissão e, 41, respondidos aos 180 dias após a alta. A média do domínio físico apresentou melhora estatisticamente significativa (35,19±17,23 x 39,98±18,32 p 0,021) aos 180 dias. O domínio psicológico também apresentou relevância estatística e piorou aos 180 dias (58,33±18,06 x 53,66±19,30 p 0,024); entre as médias dos domínios social e ambiental não houve diferenças estatísticas. Discussão: O fato de os participantes do estudo apresentarem, predominantemente, classificação NYHA III e IV, impacta diretamente a limitação física do paciente justificando, que a média do domínio físico seja mais baixa tanto na admissão quanto aos 180 dias. Quanto ao domínio psicológico pode-se relacionar ao fato de que quando internado o participante tenha a segurança do cuidado fornecido, com profissionais à sua volta; enquanto aos 180 dias, já em casa, o mesmo teria que desempenhar o seu cuidado sozinho, o que, por vezes, traz insegurança por receio de não estar fazendo o certo. Além disso, os pacientes com este diagnóstico enfrentam desafios psicológicos, dentre eles, ansiedade e depressão, porém, neste estudo, apenas 2,8% dos pacientes revelaram ter depressão, e, quando comparados aos 180 dias após a alta percebe-se o declínio do domínio psicológico. Conclusão: Houve uma melhora consistente no domínio físico; em contrapartida o domínio psicológico apresentou importante piora, sugerindo um cuidado com maior suporte psicológico. Os domínios social e ambiental não apresentaram diferenças importantes. |