O hipotireoidismo congênito transitório programa redução de hormônios tireoidianos, hiperleptinemia e hipogonadismo na vida adulta de ratos wistar machos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pinto, Verônica Aiceles de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7884
Resumo: É sabido que além de gonadotropinas e testosterona, outros hormônios, como leptinae hormônios tireoidianos (HT) são importantes para o controle do sistema reprodutivo masculino. Distúrbios no status endócrino durante o período de vida neonatal podem afetar a susceptibilidade a doenças crônicas na vida adulta. Neste estudo utilizamos o hipotireoidismo congênito (HC) como modelo para estudar a influência do hipotireoidismo na função testicular e sua relação com a leptina, e objetivamos avaliar se ratos adultos com HC apresentam mudanças nos parâmetros de fertilidade (número de espermatozoides, morfologia, viabilidade espermática e produção espermática diária pelos testículos, e o tempo de trânsito espermático no epidídimo) e nas concentrações séricas de leptina, testosterona, tiroxina (T4), triiodotironina (T3), hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Nove ratas gestantes foram divididas em três grupos de acordo com o tempo de administração da drogaantitireoidiana. Grupo G:livre acesso à água contendo 0,03% de metimazol (MMI) do dia 9 de gestação até o dia do parto (D0); grupo GL:livre acesso à água contendo 0,03% de MMI do dia 9 de gestação ao dia 8 de lactação e grupo C:livre acesso à água sem MMI durante todo o experimento. Após a lactação os filhotes machos (n=8) tiveram livre acesso à água e a ração comercial e foram mantidos em grupos de até três animais por caixa até os 90 dias de idade quando foram mortos por inalação de CO2. Os animais submetidos ao HC apresentaram na vida adulta em relação ao grupo Credução nas concentrações de T3 livre (G=10,79% e GL=31,16% p=0,0005), T4 livre (G=18,69% e GL=20,57%, p=0,0200), LH (G=10,65% e GL=41,28%, p=0,0103), FSH (G=34,24% e GL=44,51%, p=0,0033) e testosterona (G=57,1% e GL=71,17%, p=0,0053) enquanto os níveis séricos de leptina foram aumentados (G=17,40% e GL=24,40%, p=0,0093). Foi observada redução na expressão proteica da StAR(G=27,03% e GL=22,73%, p=0,0111) e do receptor de leptina no testículo(G=50,79% e GL=52,92%, p=0,0169), embora este tenha sido aumentado no epidídimo (G=37,90% e GL=40,60%, p=0,0011). CH resultou ainda em redução na produção espermática diária (G=38,77% e GL=45,03%, p=0,0178), número de espermátides no testículo (G=43,17% e GL=48,97%, p=0,0042), de espermatozoides na cauda do epidídimo (G=29,28% e GL=42,02%, p=0,0320) e na viabilidade espermática (G=11,94% e GL=9,61%, p=0,0031). Não foram observadas diferenças estatísticas no tempo de trânsito na morfologia dos espermatozoides. Em síntese, nossos resultados mostram que o CH programou a função tireoidiana, desencadeou um quadro de hiperleptinemia e a redução na concentração de FSH e LH dos animais adultos. Portanto, os animais apresentam uma condição de hipotireoidismo congênito na vida adulta associada a uma redução na esteroidogênese e altos níveis de leptina sérica que culminam em alteração do potencial de fertilidade.