O discurso da responsabilidade internacional da política externa brasileira durante os governos FHC e Lula
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12443 |
Resumo: | Esta tese busca refletir porque o Estado brasileiro durante os mandatos de FHC e Lula adotou práticas definidas como internacionalmente responsáveis, sugerindo que a justificação para tais ações está parcialmente na pressão de atores domésticos, nas convicções pessoais dos tomadores de decisão e nos cálculos estratégicos do governo na busca por fazer do país um ator global.O objetivo de fazer do Brasil um rule-maker exigiu dos tomadores de decisão recorrer a novas fontes de legitimidade doméstica e internacional. A resposta do governo brasileiro foi o desenvolvimento de uma política externa responsável a partir da retórica da solidariedade, presente nos esforços de fortalecimento do multilateralismo, de se apresentar como um líder do Sul global e da aceitação da evolução recente de certas normas da governança global (como nas ideias de soberania como responsabilidade; compromisso ambiental internacional etc.). Essa postura também significou o rompimento com princípios tradicionais da diplomacia brasileira, como o entendimento restrito de soberania. Nesta pesquisa, foi utilizada a proposta de Laurence Bardin para a análise dos discursos políticos de três grupos de atores envolvidos com a política externa brasileira: os presidentes da República, FHC e Lula; dois dos jornais impressos mais lidos no país: Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo; e duas organizações da sociedade civil, WWF-Brasil e Conectas Direitos Humanos. Propõe-se a análise de três agendas em que a atuação brasileira apresentou inflexão por maior aceitação de responsabilidades internacionais: o regime internacional para a mudança climática; o regime internacional em direitos humanos; e os debates ao redor da legitimidade das Operações de Paz da ONU e do princípio da responsabilidade de proteger. |