A Reforma Universitaria do Governo Lula: Continuidade Ou Aprofundamento da Politica Fhc?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sousa, Maria Augeania Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=33902
Resumo: O presente trabalho de monografia tem por objetivo analisar a atual proposta de reforma universitaria apregoada pelo Governo Lula. A discussao desse tema nos leva a tomar como ponto de partida as determinaçoes dos organismos internacionais, sob a otica da agenda neoliberal e suas implicaçoes nas politicas educacionais brasileiras, especialmente sobre a reforma universitaria e o que esta representa para nossa sociedade. Por essa razao, tomamos como referencial teorico para nossa analise, a produçao teorica de educadores como Roberto Leher, Susana Jimenez e Rozimar Machado, entre outros, os quais consideram as determinaçoes do capital sobre o mundo do trabalho como fator preponderante para as decisoes tomadas no que diz respeito ao ensino superior. Diante de tudo isso, podemos perceber que a atual reforma não e uma proposta recente, ela ocorre como consequencia de um desenrolar historico, desde a decada de 90, em que o entao governador Fernando Henrique Cardoso colocou em andamento a agenda neoliberal, em que os orgaos internacionais como Banco Mundial, Unesco, Cepal, OMC, dentre outros, passaram a reger as diretrizes da educaçao superior nos paises perifericos. As nossas conclusoes nos levam a assumir um posicionamento bastante critico diante da proposta da reforma, por compreendermos que a mesma beneficia o setor privado, mais do que o setor publico. Evidentemente, há uma crise deste ultimo e, esta reforma, representa de forma aguda esta crise. Há uma tendencia mais do que clara, dos governantes brasileiros, em impor atual reforma trazendo grandes beneficios para o setor privado, estimulando a ideia de educaçao como mercadoria ou, como um serviço disponibilizado a determinada clientela. Assim, a educaçao, que e um direito de todos, passa a ser um serviço regido pela dinamica do capital, que utiliza o marketing e outras estrategias para fidelizar clientes e criar um novo tipo de trabalhador, que seja apto para fazer os serviços exigidos pelo mercado e incapaz de questionar a realidade social a sua volta.