Distribuição espacial da coinfecção leishmaniose visceral-HIV em Teresina/PI, 2006 a 2015.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3920 |
Resumo: | A cada ano ocorrem aproximadamente 50 a 90 mil novos casos de leishmaniose visceral (LV). Mais de 90% dos casos de LV ocorrem em sete países no mundo: Brasil, Etiópia, Índia, Quênia, Somália, Sudão do Sul e Sudão. Na América Latina, 96% ocorrem no Brasil. A coinfecção LV-HIV tem sido considerada como doença emergente em várias regiões do mundo em função da superposição geográfica das duas infecções como consequência da urbanização das leishmanioses e da interiorização da infecção por HIV. A coinfecção LV-HIV geralmente resulta em respostas desfavoráveis ao tratamento, frequentes recidivas e óbitos prematuros. Este estudo teve como objetivo descrever e analisar o perfil clínicoepidemiológico e a distribuição espacial e temporal da coinfecção da LV-HIV em Teresina/PI, de 2006 a 2015. Trata-se de um estudo seccional, com dimensão temporal, desenvolvido a partir de dados espaciais georreferenciados para o endereço do domicílio de residência referentes aos casos de LV e LV-HIV notificados e confirmados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Do total de casos de LV notificados no período do estudo (737), 19,4% eram de coinfecção LV-HIV. A proporção de casos da coinfecção LV-HIV em relação aos casos de LV foi de 8,6%, em 2006 e 47,7% em 2015, o coeficiente de incidência foi de 0,87 casos por 100.000 habitantes e 2,49 casos por 100.00 habitantes, para os mesmos períodos. Destaca-se a diferença entre o diagnóstico clínico e laboratorial entre os dois grupos sendo fraqueza, emagrecimento, quadro infeccioso e fenômenos hemorrágicos as manifestações clínicas mais frequentes nos casos com LV-HIV. A letalidade e a recidiva foram, aproximadamente, duas vezes maiores nesse grupo, 11,4% e 13,3%, respectivamente. Foi evidenciada maior agregação espacial dos casos LV-HIV em relação àquela observada para os casos de LV. Os resultados apresentados neste estudo contribuem para o conhecimento sobre o diagnóstico clínicoepidemiológico e o processo de ocorrência da coinfecção LV-HIV, potencializando ações de prevenção e planejamento em saúde. |