Política de Avaliação e Projetos de Correção de Fluxo na Rede do Município do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17082 |
Resumo: | Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com os professores atuantes em turmas de correção de fluxo do Ensino Fundamental II, em duas Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) do município do Rio de Janeiro. Seus objetivos principais são identificar e analisar a interface entre as políticas de avaliação da Rede Municipal do Rio de Janeiro – SME-RJ e os projetos de correção de fluxo como medida dessas políticas. Ainda como foco, pretendeu-se analisar as interpretações ativas que ocorrem nas instituições escolares que oferecem esses projetos, destacando como os profissionais em atuação traduzem e relacionam os textos políticos com a prática. Buscou-se responder às seguintes questões: (a) Quais os objetivos e as justificativas para o desenvolvimento dos projetos de correção de fluxo na Rede? De quais demandas eles surgem? (b) Que relações são estabelecidas entre os projetos de correção de fluxo e as práticas e políticas de avaliação da SME-RJ, na 4ª e 5ª CRE(s)? (c) Como e em que medida essas práticas e políticas ratificam a cultura da reprovação nessas CRE(s)? Quanto à escolha metodológica adota-se a abordagem macro - micro da pesquisa. Foram realizados dois movimentos distintos. O primeiro foi contemplado a partir de levantamento documental. Esse levantamento deu origem a um mapeamento dos projetos de correção de fluxo e foi organizado em três eixos, por categorias. Os resultados iniciais apontam que essas categorias utilizadas constituem os aspectos balizadores dos projetos. O segundo movimento da pesquisa se deu a partir da aplicação de questionários semiestruturados aos professores regentes (generalistas) dos projetos de correção de fluxo referentes ao Ensino Fundamental II, seguindo a abordagem teórica - metodológica trazida por Babbie (2005). A análise dos resultados foi realizada a partir da teorização de Ball, Maguire e Braun (2016). Os resultados desta etapa apontam que há uma interface entre as políticas de avaliação e de correção de fluxo ao se considerar a naturalização da reprovação, onde a centralização dos processos avaliativos define as demais políticas educacionais, como as políticas curriculares e as próprias políticas voltadas para o fluxo escolar. É possível afirmar que objetivos aos quais os projetos têm se prestado, tem sido alcançados como, acelerar a finalização da etapa de ensino e a servir como estratégia de desvio dos alunos que poderiam apresentar baixo desempenho nas avaliações em larga escala. Acrescentando-se o fato que os alunos permanecem sendo responsabilizados pelo próprio fracasso em suas trajetórias e que se faz presente a adoção de uma construção discursiva de “bom aluno” a partir de lógica hegemônica, desconsiderando a composição das turmas com características estabelecidas a partir de um histórico de repetências: a personificação do fracasso. |