A Revolução Artística do Morrinho: cartografias, sincretismos e interculturalidade de uma poética singular do cotidiano-favela
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7347 |
Resumo: | Terra-ludens. Assim, o presente estudo, intitulado A Revolução Artística do Morrinho: cartografias, sincretismos e intertextualidades de uma poética singular do cotidiano-favela, integra-se às reflexões sobre a arte pública e a imaginária urbana desta cidade pelo Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ. Inserido na Linha de Pesquisa Arte, Cognição e Cultura, este trabalho se une às várias territorialidades postas em jogo pelo fenômeno estético nascido no Morro do Pereirão, Zona Sul do Rio de Janeiro que, de modo despretensioso, atinge projeção e reconhecimento internacional. Encontram-se nesta tese de doutoramento, diferentes percursos de análise sobre as singularidades desta terra mágica, hibrida e relacional; terra cujos habitantes discursam ludicamente sobre as formas de terror e violência nos morros cariocas; terra de trânsitos entre linguagens, coletividades e contextos colaborativos; terra estendida em múltiplos ambientes e territorialidades, terra de proteção ao meio-ambiente; terra de naturezas-culturas. Trata-se aqui de uma leitura aberta sobre uma terra plural e única ao mesmo tempo, constituída de memórias e devires; terra de resistências e de re-existências; terra de ressignificações; terra catártica e brincante imersa na narco-cultura e na violência policial; terra que trafica saberes e fazeres entre favelas, países e contextos diversos; terra de disputas de territórios, envolvendo ficção e realidade; terra de brasis silenciados e ao mesmo tempo ostentados pelo funk, pelo rap e hip-hop; terra de improvisos, de tensões; terra em construção, de destruição e ressignificação; terra de tijolos coloridos com tinta e com o tempo; terra-bricolagem; terra-sincrética, de afro-brasilidades; terra-miniatura e sem tamanho; terra de trocas de experiências e de convivências humanas. Terra de guerra e de paz, que se indispõe às homogeneizações em seu cotidiano artesanal. Terra de oximoros; terra-revolução; terra-palco, teatro e cinema das moradias ameaçadas, sem roteiro; terra-tiroteio, de vidas ceifadas e de balas-perdidas; terra-espetáculo urgente; terra de intersubjetivações e de intertextualidades, muitas das quais, agora, se colocam em cena pelas siglas (TM), (TS), (TTJ), (TRC), (TR), (TSE), na expectativa de se gerar novas descobertas sobre esta e outras terras, fruto do engenho criativo popular, que precisam ser [re]conhecidas... |