A Revolução Artística do Morrinho: cartografias, sincretismos e interculturalidade de uma poética singular do cotidiano-favela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guimarães, Alexandre Henrique Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7347
Resumo: Terra-ludens. Assim, o presente estudo, intitulado A Revolução Artística do Morrinho: cartografias, sincretismos e intertextualidades de uma poética singular do cotidiano-favela, integra-se às reflexões sobre a arte pública e a imaginária urbana desta cidade pelo Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ. Inserido na Linha de Pesquisa Arte, Cognição e Cultura, este trabalho se une às várias territorialidades postas em jogo pelo fenômeno estético nascido no Morro do Pereirão, Zona Sul do Rio de Janeiro que, de modo despretensioso, atinge projeção e reconhecimento internacional. Encontram-se nesta tese de doutoramento, diferentes percursos de análise sobre as singularidades desta terra mágica, hibrida e relacional; terra cujos habitantes discursam ludicamente sobre as formas de terror e violência nos morros cariocas; terra de trânsitos entre linguagens, coletividades e contextos colaborativos; terra estendida em múltiplos ambientes e territorialidades, terra de proteção ao meio-ambiente; terra de naturezas-culturas. Trata-se aqui de uma leitura aberta sobre uma terra plural e única ao mesmo tempo, constituída de memórias e devires; terra de resistências e de re-existências; terra de ressignificações; terra catártica e brincante imersa na narco-cultura e na violência policial; terra que trafica saberes e fazeres entre favelas, países e contextos diversos; terra de disputas de territórios, envolvendo ficção e realidade; terra de brasis silenciados e ao mesmo tempo ostentados pelo funk, pelo rap e hip-hop; terra de improvisos, de tensões; terra em construção, de destruição e ressignificação; terra de tijolos coloridos com tinta e com o tempo; terra-bricolagem; terra-sincrética, de afro-brasilidades; terra-miniatura e sem tamanho; terra de trocas de experiências e de convivências humanas. Terra de guerra e de paz, que se indispõe às homogeneizações em seu cotidiano artesanal. Terra de oximoros; terra-revolução; terra-palco, teatro e cinema das moradias ameaçadas, sem roteiro; terra-tiroteio, de vidas ceifadas e de balas-perdidas; terra-espetáculo urgente; terra de intersubjetivações e de intertextualidades, muitas das quais, agora, se colocam em cena pelas siglas (TM), (TS), (TTJ), (TRC), (TR), (TSE), na expectativa de se gerar novas descobertas sobre esta e outras terras, fruto do engenho criativo popular, que precisam ser [re]conhecidas...