Carga de sintomas e capacidade funcional como fatores prognósticos em pacientes em cuidados paliativos oncológicos
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18509 |
Resumo: | Os pacientes em cuidados paliativos (CP) oncológicos têm uma carga de sintomas alta e a tendência a perder a capacidade funcional. Nesta dissertação buscou-se avaliar o papel da carga de sintomas e a capacidade funcional como fatores prognósticos em pacientes em CP oncológicos. Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo observacional realizado em uma unidade de cuidados paliativos pública. Para o cálculo da sobrevida, foi utilizado o método Kaplan-Meier e o modelo hazards proporcionais de Cox estratificado por sexo para analisar o poder preditivo da capacidade funcional e da carga de sintomas na sobrevida, avaliados pelo Karnofsky Performance Status (KPS) e da Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) respectivamente. Foram incluídos no estudo 404 pacientes, verificou-se que o KPS 30 - 50% apresentou maior associação com o risco de morrer tanto em mulheres (HR ajustada 1,84 IC 95% 1,33-2,54) quanto em homens (HR ajustada 3,07 IC 95% 2,14 -4,41). O e o escore total da ESAS moderada/intensa também mostrou relação com a sobrevida mais curta para ambos os sexos (mulheres: HR ajustada 1,56 IC 95% 1.15-2,11; homens: HR ajustada 2,27 IC 95% 1,60 – 3,20). A respeito dos sintomas individuais houve diferenças entre mulheres e homens em relação à associação com o pior prognóstico para mulheres e homens, respectivamente: dor moderada/intensa (HR ajustada 1.38 IC 95 % 1.02-1.87; HR ajustada 2.15 IC 95 % 1.53- 3.02 ), fadiga moderada/intensa (HR ajustada 1.97 IC 1.43-2.72; HR ajustada 2.24 IC 95 % 1.74-3.86 ) e dispneia (HR ajustada 1.68 IC 95% 1.17- 2.43; HR ajustada 2.51 IC 95% 1.64 -3.86 ) Neste estudo pode-se ratificar o papel do KPS e da carga de sintomas como fatores prognósticos independente. Com base nestas informações, foi possível instrumentalizar os profissionais de saúde indícios a respeito do quadro clínico e prognóstico do paciente, contribuindo para a elaboração das prioridades e objetivos no planejamento do plano de cuidados em uma consulta ambulatorial. |