Submissão, dominação e resistência dos trabalhadores de enfermagem no contexto neoliberal à luz de Pierre Bourdieu
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11112 |
Resumo: | O objeto deste estudo são as relações de submissão, dominação e resistência dos trabalhadores de enfermagem no sistema capitalista neoliberal sob a ótica do pensador Pierre Bourdieu. Objetivos foram: identificar os fatores relacionados à precarização do trabalho de enfermagem que constituem em violência simbólica e material impetrada ao trabalhador; compreender como se processa a dominação e submissão do trabalhador de enfermagem diante das violências vivenciadas em seu cotidiano de trabalho à luz de pensamento de Pierre Bourdieu; analisar as repercussões da precarização da força de trabalho da enfermagem para a saúde do trabalhador. Estudo do tipo descritivo, exploratório de abordagem qualitativa, realizada em uma faculdade de Enfermagem no estado do Rio de janeiro. Participaram 22 enfermeiros que exerceram suas atividades há pelo menos um ano, em regime de contratação precarizado. A coleta de dados ocorreu nos meses de maio a junho de 2018, nos cursos de Pós-graduação de uma faculdade de Enfermagem pública no estado do Rio de Janeiro, através de entrevista semiestruturada. A técnica utilizada para tratamento das informações foi a triangulação de dados. A pesquisa obedeceu aos pressupostos e às exigências da Resolução número 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada sob o número CAAE: 74414417.6.0000.5282. A triangulação dos dados fez emergir 4 categorias empíricas. Vivencias dos trabalhadores de enfermagem relacionada a reestruturação produtiva, dominação e submissão do trabalhador de enfermagem, resistência dos trabalhadores de enfermagem e mecanismos de contra resistência e repercussões da precarização deste sobre a saúde do trabalhador de Enfermagem. Conclui-se que há fatores relacionados com às transformações do mundo do trabalho vivenciados pelos trabalhadores no processo de precarização laboral que se constituem em violências simbólicas impetradas aos trabalhador e que funcionam como mediadoras para captação da subjetividade dos profissionais, conduzindo-os à aceitação de condições inadequadas de trabalho e de vida, contribuindo para a dominação e a submissão, além de utilizar o medo e a desesperança como elementos que imobilizam e desapropriam o trabalhador de suas formas de resistência. |