Aldeia Maraká’nà Rexiste: um espaço intercultural na cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20394 |
Resumo: | Ao longo dos séculos, desde a invasão europeia nas Américas no século XVI, os povos indígenas sofreram, e ainda sofrem, no Brasil, processos hegemônicos de violência física e simbólica que foram determinantes nas tentativas de apagamento de suas culturas e na difusão de preconceitos e estigmas que perduram no imaginário social. Na tentativa de desconstruir esse projeto colonizador e eurocêntrico e também como uma forma de protesto contra o recorrente descaso com que são tratados os patrimônios culturais indígenas, um grupo composto por 35 indígenas de 17 etnias ocupou, em 2006, a área do antigo Museu do Indío, abandonado desde os anos 1970 no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro, instituindo ali um centro pluriétnico de defesa e divulgação das culturas indígenas, cujo nome foi mudando ao longo dos anos, sendo atualmente chamado, pelos que integram o movimento no local, de Aldeia Maraká’nà (Aldeia Maracanã). Nessa aldeia urbana, situada em uma região estratégica de conexão entre o centro e a zona norte da cidade, são realizadas diversas atividades interculturais abertas ao público em geral, especialmente não indígena, que pode ali ter contato direto com diferentes etnias e suas respectivas culturas. Esta dissertação propõe compreender a dimensão intercultural e a potência educativa da Aldeia Maraká’nà a partir de uma perspectiva etnográfica. A metodologia incluiu levantamento bibliográfico, jornalistico e das publicações nas redes sociais da Aldeia Maraká’nà e, principalmente, a realização de um intenso trabalho de campo com observação participante em diversas atividades realizadas na aldeia entre março de 2021 e outubro de 2022, conversando, interagindo e entrevistando indígenas e não indígenas nelas presentes, a fim de identificar suas motivações e percepções sobre o lugar. Concluímos que a Aldeia Maraká’nà se constitui em um significativo espaço de educação não formal, sendo um centro de referência indígena na capital fluminense que, a partir de inúmeras atividades, permite à sociedade em geral, incluindo alunos de instituições de ensino, vivenciar experiências de aprendizado sobre diversos elementos das culturas dos povos originários, contribuindo para a desconstrução de preconceitos e estigmas comumente a eles associados. |