Sobrevivendo ao estigma da hipertrofia: notas etnográficas sobre o fisiculturismo feminino no Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8267 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como objetivo compreender o estigma da hipertrofia da mulher fisiculturista dentro e fora das academias de musculação. Para obtenção da potencialização muscular, essas mulheres constroem um grande interesse por um corpo forte, musculoso com baixo percentual de gordura. São reconhecidas em campeonatos de fisiculturismo com poder simbólica e ao mesmo tempo, estigmatizada dentro e fora das academias de musculação, consideradas exageradas, desproporcionais. O referencial teórico-conceitual selecionado para a pesquisa é a teoria de Erving Goffman privilegiando o conceito de estigma, e a teoria de L. Wacquant sobre a construção socioantropológico do objeto de estudo a partir do próprio corpo. Para compreender os sentidos dessa problemática foi realizada uma pesquisa qualitativa com entrevistas, realizadas com 15 mulheres fisiculturistas em academia de musculação no bairro do Flamengo na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A análise de dados foi realizada segundo a proposta de análise de conteúdo de Laurence Bardin. Concluiu-se que as mulheres fisiculturistas tendem a ser estigmatizadas por transgredirem as regras de feminilidade. Os resultados indicam que os relacionamentos e a vida afetiva dessas mulheres ficam restritos a uma tribo de fisiculturismo e a construção socioantropológica do corpo passa por processo de bioasceses e bioidentidade. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em 2018 |