A Salvação dos endividados : Literatura de autoajuda financeira e subjetividade na hipermodernidade
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15210 |
Resumo: | Apresenta-se uma investigação crítico-fenomenológica dos livros que ensinam modos de ser e estar no mundo frente à relação homem-dinheiro-felicidade: a Literatura de autoajuda Financeira. O fenômeno investigado teve a convergência dos olhares da Fenomenologia husserliana com um diálogo constante com a Teoria Crítica. Preferencialmente, foram chamadas a essa fenomenologia dos livros de autoajuda financeira algumas contribuições dos pensadores frankfurtianos, bem como daqueles que com eles dialogam. Evidenciam-se os pontos de encontro, respeitando as diferenças e apontando para a possibilidade de um modo de ver plural e rigoroso pautado numa atitude intelectual crítico-fenomenológica, que buscou, acima de tudo, emancipar o olhar sobre a sociedade de consumo contemporânea indicando um caminho alternativo para a Psicologia Social. Ratifica-se a emergência da sociedade de hiperconsumo, do hipercapitalismo, da hipertecnologização da vida, destacando as crises do capitalismo, e, pondo em cena as estratégias e os processos de subjetivação utilizados por este sistema para captura da subjetividade. Os indicadores sintomas da sociedade de consumo contemporânea foram percebidos e se revelam nos textos de autoajuda . A análise das intenções presentes nestes textos (ao todo 21 livros), demonstrou como a literatura de autoajuda financeira aponta um modo cindido de conduzir a vida, ora dando o corte com o social, ora indicando a socialização. Aspectos micro e macroeconômicos do cenário sócio-político indicam que o capitalismo apropria-se de modo parasitário e perverso da vida, propagando a unidimensionalidade e o adormecimento das consciências. A crítica a matematização e naturalização da vida, ao psicologismo, a hiperunidemsionalização dos modos de ser, ao pensamento positivo e à racionalidade instrumental foram possíveis graças à convergência rigorosa que ambas, fenomenologia e teoria crítica proporcionam ao Psicólogo Social que escapa ao modelo naturalista. Reconhece-se a importância da compreensão do papel do dinheiro para o homem em suas relações sociais, apresentando aspectos da relação entre Psicologia e Economia. Ratifica-se a emergência de uma Psicologia da Cultura Financeira, a Psicologia Financeira |