Viajar, observar e propor: Bertha Lutz na circulação de modelos internacionais de Economia Doméstica Agrícola (1922-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Venâncio Júnior, André Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20221
Resumo: Estudo sobre a trajetória de viagens de Bertha Lutz em torno da apropriação de modelos de Economia Doméstica Agrícola na educação rural nos Estados Unidos e Bélgica e seus desdobramentos entre os anos de 1922 até 1937. Esta pesquisa, a partir dessas duas viagens feitas por essa importante intelectual, cientista, museóloga e feminista, buscou compreender a maneira pela qual ela articulou discursos e ações para criar projetos dessa modalidade educacional, vista por uma série de movimentos feministas, dentro e fora do Brasil, como emancipadora. Além disso, esse trabalho analisou como essa experiência internacional, influenciou em numa série de suas medidas, como a participação em congressos e por ocasião da criação de instituições como a Associação Brasileira de Educação (ABE), importante centro de discussão educacional nacional nesse período. Na tese foram usadas diversas fontes, como cartas, telegramas, relatórios de viagem, atas de congressos, discursos parlamentares, impressos de jornais e fotos da época. A pesquisa, portanto, quis elucidar a tentativa de Bertha Lutz por meio da efetivação desses modelos de Economia Doméstica Agrícola, modalidade da educação rural, nos moldes dos modelos norte-americano e belga, sua tentativa de fomentar um projeto de educação amplo e nacional para as mulheres, em consonância com aquilo que vinha sendo discutido em movimentos feministas internacionais, com os quais ela e a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino que presidiu já vinham construindo diálogo, desde a sua criação em 1922, que entendiam nessa educação, o caminho para a democratização do acesso ao ensino para todas as mulheres.