Função diastólica e sua correlação com função endotelial em pacientes diabéticos tipo 2 hipertensos tratados com anlodipino associado a benazepril ou losartana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bedirian, Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8597
Resumo: Pacientes diabéticos tipo 2 possuem maior risco de doenças cardiovasculares, em especial quando há hipertensão arterial associada. A disfunção diastólica é uma das primeiras alterações cardíacas nestes pacientes e é possível que disfunção endotelial esteja envolvida na fisiopatologia desta. Fármacos que atuem no sistema renina-angiotensina são importantes no tratamento de pacientes diabéticos e tem efeito favorável sobre as funções diastólica e endotelial. Há poucos estudos comparativos do efeito de anti-hipertensivos sobre a função diastólica em diabéticos tipo 2. O objetivo deste trabalho foi comparar a terapia combinada de anlodipino com losartana ou benazepril quanto aos seus efeitos sobre a função diastólica de pacientes diabéticos hipertensos e testar a correlação da função endotelial avaliada pela dilatação mediada por fluxo na artéria braquial com parâmetros ecocardiográficos de função diastólica. Trinta e quatro pacientes foram randomizados em dois grupos, sendo 18 para a combinação de losartana com anlodipino e 16 para benazepril com anlodipino, após um período de seis semanas apenas com anlodipino. Na ocasião da randomização e após 12 semanas de terapia anti-hipertensiva combinada, os pacientes foram submetivos a exames clínico, laboratorial e ultrassonográfico. Os grupos apresentaram diferença significativa do volume atrial indexado ao final do tratamento (losartana 30,2 ± 7,7 vs. benazepril 35,9 ± 8,0 ml/m², p: 0,044). Não houve diferença significativa da relação E/e (losartana 8,97 ± 1,59 vs benazepril 9,27 ± 2,38, p: 0,589). Houve correlação da dilatação mediada por fluxo com a relação E/e' ao ecocardiograma (r = -0,340, p = 0,043). Pode-se concluir que a terapia combinada losartana-anlodipino teve um melhor efeito sobre as dimensões do átrio esquerdo que a terapia combinada benazepril-anlodipino em pacientes diabéticos tipo 2 hipertensos e que há correlação entre índices de função diastólica e de função endotelial nestes pacientes.