Cartografias do corpo: disrupções imagéticas do corpo negro em James Baldwin
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17201 |
Resumo: | A presente tese teve como objetivo mapear, na combinação entre literatura e diferentes suportes plásticos, fílmicos e fotográficos, a representação do corpo negro na obra literária e ensaística de James Baldwin (1924-1987). O estudo investe na composição da escrita plástica de Baldwin para analisar i) o corpo negro enquanto um elemento “estrangeiro” ao Ocidente, evidenciando o caso brasileiro como parte integrante de tal estrangeirização corporal; ii) a vulnerabilidade do corpo negro frente ao sistema prisional estadunidense e à segregação habitacional que formata a arquitetura das comunidades afro-americanas; iii) os impactos da relação afetiva e artística entre James Baldwin e o pintor Beauford Delaney, além de suas colaborações com o pintor Yoran Cazac e com o fotógrafo Richard Avedon, as quais traduzem o desejo do escritor pela combinação entre imagem e literatura e delimitam os caminhos que Baldwin traçou para construir corpografias verbais e visuais em sua obra; por fim, iv) a ausência pontual da corporalidade negra em parte da ficção baldwiniana e a dramatização dos resquícios da gênese dos Estados Unidos enquanto produto de uma supremacia branca, masculina e heterogendrada. Considerando o quadro em tela, discutiremos a normatização dos papéis de gênero, raça, sexualidade e masculinidades impressas nessas narrativas imagéticas. O percurso empreendido nos auxilia a compreender a conexão entre diferentes suportes artísticos, que se constituem como contra-imagens, nas quais James Baldwin desenvolve modos alternativos de narrar a si próprio e a experiência afro-americana, pretérita e contemporânea |