Entre estórias e a história: contribuições de Lima Barreto para o debate de Políticas Públicas no Brasil em saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Ana Lúcia Trindade de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21956
Resumo: Este estudo busca analisar como as denúncias sobre as desigualdades sociais e raciais tecidas por Afonso Henriques de Lima Barreto (1881- 1922) podem contribuir para potencializar o debate acerca da implementação de Políticas Públicas no Brasil. Sob a lente do colonizado, Lima Barreto lançou luz sobre questões importantes para compreender as diversas formas de preconceitos que se apoiam mutuamente privando grande parte da população de direitos fundamentais. As narrativas barretianas desvelam os problemas de uma sociedade orientada por uma cultura eurocêntrica, auxiliando-nos a refletir sobre os paradigmas de pensamentos científicos do período de transição do Império para a República e pós- abolição. Nesse contexto, a obra desse escritor carioca traz importantes contribuições para as discussões em torno de questões sociais, políticas, culturais e raciais do Brasil, levando-nos a refletir sobre como a raça, classe e gênero posicionam as pessoas de forma diferente no mundo. Além da grande importância de Lima Barreto para o cenário cultural do país, sua obra torna-se também de grande importância nos estudos do campo da saúde mental e das políticas públicas, visto que, além de ser um observador crítico dos costumes de sua época, esteve internado duas vezes no hospital de alienados do Rio de Janeiro deixando-nos um rico material de pesquisa no campo da saúde mental nos livros Diário do Hospício e Cemitério dos Vivos. Desse modo, intenciona-se mostrar um pouco do contexto histórico do surgimento das políticas médicas manicomiais no início do século XX e analisar em narrativas barretianas as denúncias que já explicitavam a necessidade de se pensar em políticas sociais que pudessem garantir condições de vida digna para as pessoas que se encontravam em situação de vulnerabilidade social.