Educação quilombola e leituras curriculares em São José da Serra. Identidades e políticas possíveis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Louzada, Jorlandro Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10001
Resumo: Na zona rural do município de Valença no sul do Estado do Rio de Janeiro, encontra-se a Comunidade Remanescente de Quilombos São José da Serra, com uma identidade própria fortalecida pelas disputas fundiárias e pela resistência à opressão histórica e ao racismo. No interior dos 476 hectares pertencentes ao quilombo se localiza a Escola Municipal Antônio Alves Moreira. Os processos históricos que deram origem ao quilombo e sua identidade formam uma complexa arena decolonialista (GROSFOGUEL, 2008; QUIJANO, 2005) que se insere no cotidiano escolar e seu currículo, também possuidor de história e articulações próprias. A administração municipal por sua vez é a arena que administra e regimenta a educação no quilombo e estabelece um currículo tradicional semelhante para toda sua rede de ensino. Nas relações intra e extraescolares entre quilombo e município, se encontra o público alvo da escola, crianças quilombolas atendidas no primeiro ciclo do Ensino Fundamental, e constituindo a partir de sua identidade em formação uma arena em diálogo com a escola que não percebem enquanto agência de organização externa e o quilombo a que pertencem e vivem cotidianamente. As arenas assim através da dinâmica sócio espacial vivenciada pelo público frequentador da escola se apresentam não em disputa, mas em diálogo, mensurando uma forma curricular ambígua (tradicional e praticada), hora equivalente, hora enaltecedora de uma prática sobre a outra fazendo que haja a partir das relações de troca e relações espaciais no quilombo, uma nova forma de educação quilombola evidenciando assim uma nova forma de se identificarem como quilombolas.