Análise histomorfométrica do músculo bulboesponjoso em pacientes com estenose de uretra bulbar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Alves, Edilaine Farias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22426
Resumo: Introdução: O músculo bulboesponjoso (MB) envolve a uretra bulbar e sua função é expelir o sêmen e urina da uretra. As uretroplastias bulbares podem evoluir com disfunção ejaculatória e perda involuntária de urina, o que tem levado a preservação desse músculo durante o procedimento cirúrgico. Objetivos: Caracterizar o MB em pacientes com estenose uretral bulbar. Material e métodos: Foram estudados 21 pacientes, divididos em dois grupos: Grupo Estenose (n=14; média=62,00 anos) com estenose de uretra bulbar submetidos à uretroplastia aberta; e Grupo Controle (n=7; média=60,14 anos) com estenoses penianas (hipospádia, câncer de pênis e/ou infecção peniana) no qual foram submetidos à uretrostomia perineal. As amostras do MB foram dissecadas e os cortes histológicos foram utilizados para realização de técnicas histoquímicas e imuno-histoquímicas. As análises histomorfométricas foram realizadas em fotomicrografias. As médias foram comparadas estatisticamente usando o teste t de Student não pareado e o teste de Mann-Whitney (p<0,05). Resultados: A etiologia da estenose de uretra bulbar foi idiopática em 2 casos (14,29%), pós-ressecção transuretral de próstata em 6 (42,86%), pós-prostatectomia radical aberta em 5 (35,71%) e pós-prostatectomia aberta em 1 caso (7,14%). O comprimento médio da estenose foi de 2,08 cm. O único parâmetro analisado com diferença significativa entre os grupos foram os vasos (diferença significativa entre o Grupo Controle: 5,11±1,98% e Grupo Estenose: 3,57±1,32%, p=0,0460). A análise quantitativa das fibras colágenas (Grupo Controle: 10,63±5,37% e Grupo Estenose: 10,83±4,55%, p=0,9296); diâmetro das fibras musculares do MB (Grupo Controle: 41,71±14,63 µm e Grupo Estenose: 40,11±8,59 µm, p=0,76) e fibras do sistema elástico (Grupo Controle: 3,83±1,54% e Grupo Estenose: 5,43±2,90%, p=0,2601) não mostraram diferença significativa. Conclusão: As análises histológicas mostraram uma diminuição significativa dos vasos do MB na estenose de uretra, sem alterações nas fibras do sistema elástico, colágeno, nervos e diâmetro das fibras musculares. Esses achados mostram que a estenose de uretra bulbar causa alterações mínimas na estrutura do MB