Vidas marginalizadas, mortes impunes, luto proibido: análises sobre a construção ética, histórica e política do “ser matável”

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Farias, Priscila Duarte dos Reis
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Educação
• Palavras-chave em Português: Marginalización; Luto público; Violencias; Marginalização; Violências; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21954

O presente trabalho consiste em uma análise transdisciplinar sobre um caso concreto que envolve um crime de homicídio. A partir da história apresentada, cujo protagonista é Coringa, a pesquisa se esforça para responder as seguintes questões de estudo: por quê banalizamos a morte violenta de determinados grupos sociais?; por quê, mesmo quando violações e violências reais e simbólicas atingem pessoas muito próximas a nós, isso não nos comove a ponto de nos rebelarmos?; o que é capaz de nos fazer internalizar e cumprir as normas ditadas pelo estado, sem que sejamos coagidos? Para isso, uma análise histórico estrutural é feita, trazendo à discussão as raízes da desumanização de determinados grupos, as quais que se apresentam como fundacionais em nossa sociedade. No entanto, a partir da constatação de que a realidade/o cotidiano da vida não admite recortes, alia=se a esta análise de história e estruturas uma análise do ser, seus afetos, sua constituição, tragédias e perdas, que perpassam gerações e desembocam contemporaneamente na forma de manifestações sádicas, auto recriminação, indiferença, entre outras formas. Autores como Judith Butler, Carla Rodrigues, Freud, Fanon, Mbembe e Gustavo Coelho servem de referencial bibliográfico para esta pesquisa, que se apresenta como uma bricolagem dos conceitos já desenvolvidos a fim de responder à questão de estudo colocada.