Variação morfológica e genética em populações de Marmosops incanus (Lund, 1840) (Didelphimorphia, Didelphidae)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4952 |
Resumo: | Marmosops incanus é um didelfídeo endêmico brasileiro que ocorre no leste do Brasil, de Sergipe a São Paulo, até o interior de Minas Gerais e Bahia, em áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Neste estudo realizou-se, num primeiro momento, uma revisão de literatura para avaliar seu status quo, discorrendo sobre histórico taxonômico, sistemática e aspectos morfológicos, genéticos, conservacionistas, ecológicos, de história natural e distribuição geográfica. Por fim, são apresentadas lacunas do conhecimento e sugeridas perspectivas para o avanço do estudo de M. incanus. Algo que não é propriamente um hiato, mas merece mais atenção, é relativo à diversidade morfológica e genética da espécie em estudos anteriores com limitações quanto à abrangência geográfica e numérica da amostragem. Nestes estudos a espécie tem grande variação molecular não acompanhada de diversidade morfológica. Assim, num segundo momento, objetivei aprofundar a investigação da diversidade morfológica e genética em M. incanus ao longo de toda a sua área de ocorrência e com uma ampla amostragem de localidades e indivíduos, avaliando se existe congruência entre possíveis padrões nos novos resultados e confrontando-os com a literatura, para melhor delinear a estrutura da variação nesta espécie. Realizei: 1) Análises filogeográficas com o gene mitocondrial citocromo b, obtendo árvores filogenéticas por diferentes métodos (Máxima Parcimônia, UPGMA e Máxima Verossimilhança) e distâncias genéticas entre os principais clados formados; 2) Análises morfológicas de caracteres do crânio, esqueleto apendicular e externos; 3) Análises morfométricas uni (Análise de Variância) e multivariadas (Análise de Componentes Principais), e descritivas, de medidas craniodentárias e de dimensões corpóreas externas. Os resultados constituem evidências sólidas de que se trata de um táxon com variação genética e morfológica relevante, principalmente nos grupos mais ao sul em relação aos mais ao norte (em especial o grupo serrano e sul do Rio de Janeiro). A espécie mostra forte variação morfométrica ao longo da sua distribuição, que se reflete numa filogeografia com descontinuidades marcantes e populações geograficamente estruturadas. Esta diversidade encontrada em M. incanus deve ser levada em consideração também para fins de sua conservação, com o intuito de proteger e manter o legado morfológico e, principalmente, genético. No entanto, apesar destes resultados, sugiro que M. incanus continue sendo tratada como uma única espécie válida e que, de maneira cautelosa, zelando pela melhor informação possível para fins de conclusões sobre espécies crípticas encerradas neste táxon, recomendo uma investigação mais arguta sobre aspectos que merecem atenção maior. Apresento algumas perspectivas futuras de estudo (algumas já em curso) para fornecer novas envidências a nível molecular e morfométrico, sob novas perspectivas metodológicas (Marcadores Microssatélites, e Análises de Variáveis Canônicas, Análise Discriminante e Morfometria Geométrica, respectivamente) e algumas novas abordagens sobre outros aspectos (Modelagem de Distribuição de Espécies). Palavras-chave: Variação intraespecífica. Didelfídeo. Citocromo b. Morfometria. Morfologia. Brasil. |