Tijolo por tijolo: integração regional e a construção de duas escolas latino-americanas de agroecologia no Brasil e na Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bernardelli, Tânia Mara dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17345
Resumo: Este estudo analisa a emergência e o desenvolvimento de dois espaços transnacionais de formação técnica e política em agroecologia criados, a partir do ano 2005, pela Via Campesina em parceria com governos progressistas, no Brasil e na Venezuela, como estratégia de integração regional dos movimentos sociais rurais latino-americanos e construção de um modelo de agricultura popular. Argumenta-se que o ciclo de redemocratização na América Latina e a ascensão de governos progressistas contribuíram para a criação desses espaços, contudo foram os movimentos sociais com suas ferramentas e militantes que materializaram este projeto. Tijolo por tijolo, assim foram construídos esses espaços, pelas mãos dos próprios educandos e educandas. Da mesma forma como se constrói uma parede, as narrativas contidas nesse estudo buscam reconstruir as tramas das concepções políticas dos sujeitos que subjazem esses projetos e experiências. Nesses espaços por quase duas décadas diferentes formas de integração regional foram sendo estabelecidas entre diferentes movimentos sociais, desde a troca de saberes na área de produção agrícola até mesmo estratégias de organização e formação política. Os impactos nos territórios advindos desses espaços formativos possuem diferentes magnitudes, desde transformações locais com o retorno dos educandos, agora profissionais, criando e atuando em novos espaços formativos dos movimentos sociais, quanto a influência em políticas públicas voltadas para a agroecologia. Para finalizar, o estudo apresenta como a dependência de ciclos democráticos impõem novos desafios para a continuidade dessas experiências em momentos de avanço de governos ultraconservadores na América Latina e quais alternativas estão sendo propostas.