Heterogeneidade na habilidade de produção de biofilme em biomaterial implantável, superfícies abióticas, resistência a agentes antimicrobianos e genes de virulência de amostras de Staphylococcus haemolyticus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Guilherme Goulart Cabral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22512
Resumo: Staphylococcus haemolyticus pertence ao grupo dos Staphylococcus coagulase-negativos, sendo a segunda espécie mais frequentemente isolada de amostras clínicas. A capacidade de formação de biofilme em diferentes superfícies, associada a sua resistência a múltiplos antimicrobianos fazem dessa espécie um patógeno emergente relevante, principalmente em ambiente nosocomial. O aumento do uso de biomateriais e dispositivos médicos implantáveis acarretam na elevação de procedimentos cirúrgicos e hospitalização de pacientes, oferecendo a oportunidade para que cepas dessa espécie possam colonizar o hospedeiro, ou seu dispositivo médico e provocar infecções graves. Este estudo teve por objetivo avaliar a habilidade de produção de biofilme em biomaterial implantável (pericárdio bovino), superfícies abióticas, resistência a agentes antimicrobianos e genes de virulência de amostras de S. haemolyticus isoladas de hemoculturas. Para a identificação das espécies a serem avaliadas foi utilizada a técnica de MALDI-TOF MS e o ensaio de PCR multiplex. Os perfis de resistência aos antimicrobianos foram verificados através das técnicas de disco-difusão e determinação da CIM (oxacilina, teicoplanina e vancomicina). A capacidade de produção de biofilme foi investigada pelos testes do Ágar Vermelho do Congo e ensaios de aderência em superfícies abióticas (poliestireno e vidro). Foi utilizado PCR para a pesquisa da presença de genes icaA, fbp, atl e aap relacionados com propriedades adesivas e produção de biofilme. E a microscopia eletrônica de varredura foi empregada para a análise qualitativa e estrutural do biofilme formado sobre o pericárdio bovino. De forma global, os dados sugerem que, apesar de ser um micro-organismo com potencial capacidade para colonizar e formar biofilme em biomateriais, a produção de biofilmes nas superfícies analisadas não depende diretamente da presença dos genes de virulência estudados, não sendo possível correlacionar à resistência aos antimicrobianos com a aderência nas superfícies testadas, enfatizando a natureza multifatorial desse mecanismo