Como uma onda no mar: entre olhares e escritas cartográficas de uma professora de apoio educacional especializado de uma escola pública de Niterói
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19794 |
Resumo: | Esta pesquisa ensaia uma escrita cartográfica, permeada pela música e tecida por meio de uma configuração singular de pesquisa, que enfatiza a experimentação como processo, analisando seus efeitos e a produção de subjetividade emergente do entre. Com práticas e modos de perceber, sentir, aprender e desaprender, que apontam sentidos para fugir dos registros certeiros, acompanha o que se passa e o que nos passa na análise dos efeitos do encontro entre pesquisadora/pesquisa, escrita e subjetividades, denominadas como pessoa com deficiência. A ênfase, das análises e intervenções, atenta para dois momentos da experiência como professora de apoio educacional especializado (PAEE) na Escola Municipal João Brazil - EMJB, no município de Niterói, Rio de Janeiro, a saber: em 2019, com o acompanhamento educacional especializado de um jovem com transtorno do espectro autista - TEA; e, em 2020, no contexto da pandemia do COVID-19, com tessituras por entre escritas musicais experienciais forjadas com outros estudantes com singularidades diversas. É importante dizer que encontro, aqui nesta dissertação, é pensado na intercessão com Gilles Deleuze e Claire Parnet, afirmando os efeitos que se forjam entre e com outros, que também podem ser: movimentos, ideias, acontecimentos, músicas, entidades, ou seja, algo que se passa entre dois ou mais. As escritas cartográficas são tecidas nos encontros e (com)versas produzidas com e no grupo de pesquisa Oficina de formação inventiva de professores - OFIP, nos momentos de distanciamento físico e atividades remotas forjadas no contexto pandêmico vivido no presente. Há, inclusive, encontros e (com)versas com autores, tais como Fernand Deligny, Lilian Lobo, Michel Foucault, Débora Diniz, Anahí Mello, Virgínia Kastrup e Rosimeri Dias, entre outros. A dissertação se constitui por escritas cartográficas, que enfatizam a experimentação como processo e produção de subjetividade, com práticas perspectivadas pela invenção, do modo como trabalha Rosimeri de Oliveira Dias. A orientação metodológica é a pesquisa-intervenção, que possibilita fazer ver e falar, práticas instituídas e instituintes na experiência com o PAEE na referida escola, problematizando os processos instituídos e naturalizados por nós, que nos aprisiona até não conseguirmos olhar as possibilidades outras de ensinar-aprender, nos fazendo estar sempre em movimento e luta permanente. Para tanto, o texto dissertativo se faz em cinco capítulos e composto por escritas cartográficas, que poderíamos chamar ‘musical’, emergentes dos encontros e (com)versas com autores, diários, imagens, fotografias, músicas, entre outros. Com estas escritas musicais, cartografamos cinco pistas: 1 – tornar visível um campo problemático de uma educação excludente, agravado pela pandemia de Covid-19; pista 2 – pensar a formação docente, tecida entre processos implicacionais e formação inventiva; pista 3 - problematizar lógicas instituídas e forjar aberturas para práticas instituintes; pista 4 – analisar a instituição “deficiência” como produção de exclusão e o entendimento de normalidade e pista 5 - forjar uma política anticapacitista. Estas pistas tornam visíveis estes modos de forjar escritas, encontros e (com)versas com legítimos outros, singularizando modos plurais de trabalhar no presente. |