As serpentes do Parque Estadual da Pedra Branca, Rio de Janeiro, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Regio, Luiz Eduardo Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22114
Resumo: O Brasil abriga um total de 412 espécies de serpentes, sendo que 88 ocorrem no estado do Rio de Janeiro e 52 são endêmicas da Mata Atlântica, o que reforça a importância do bioma para a conservação deste grupo animal. A floresta do maciço da Pedra Branca está protegida por um Parque Estadual com 12.492 ha e, apesar da forte pressão antrópica, existem localidades com cobertura vegetal em estágio avançado de regeneração natural, como o Pau da Fome (Taquara), Campus Fiocruz da Mata Atlântica (Colônia Juliano Moreira), Piraquara (Realengo), Camorim (Vargem Pequena) e Quilombola Cafundá Astrogilda (Vargem Grande). O presente estudo teve como objetivo, estudar as serpentes do Parque Estadual da Pedra Branca sob aspectos ecológicos como a abundância, diversidade e riqueza de espécies nas três sedes, que são administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro – INEA (Pau da Fome, Camorim e Piraquara) e em seus respectivos entornos, utilizando metodologias de busca ativa limitada por tempo e armadilhas de interceptação e queda (pitfalls) com cercas-guia (drift fences). Encontros ocasionais, registros fotográficos e coletas efetuadas por terceiros também foram adicionadas à pesquisa, assim como os dados da revisão de espécies depositadas na coleção herpetológica do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Durante o período de novembro de 2012 a março de 2020, foram registradas 239 serpentes correspondendo a 31 espécies, pertencentes a cinco famílias sendo representadas pelas: Dipsadidae (n = 17), Colubridae (n = 8), Viperidae (n = 3), Boidae (n = 2) e Elapidae (n = 1). As espécies mais abundantes foram: Thamnodynastes nattereri (n = 36); Bothrops jararaca (n = 32) e Erythrolamprus miliaris (n = 29). Foi realizado um novo registro para o estado do Rio de Janeiro, a Dipsas variegata. A localidade com maior riqueza de espécies do Parque foi o Pau da Fome (n = 106), seguida por Camorim (n = 75) e Piraquara (n = 58). A localidade Pau da Fome foi a mais diversa, enquanto que Camorim e Piraquara foram as mais similares entre si. Das 31 espécies registradas neste estudo, não foram registradas espécies ameaçadas de extinção e Bothrops bilineatus é considerada como extinta localmente, assim como no estado. Os problemas mais graves que afetam a taxocenose de serpentes neste Parque são os impactos causados pela ocupação humana como a caça, o desmatamento, incêndios, visitação excessiva, presença de espécies exóticas invasoras, entre outras.