Influência de fatores naturais e antropogênicos na qualidade ambiental da Baía de Sepetiba - RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Saibro, Murilo Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23594
Resumo: Esse trabalho tem como objetivo realizar uma invetigação da evolução paleoambiental da Baía de Sepetiba a partir da utilização de três testemunhos de sondagem, denominados SP4, SP9 e SP11. Localizado no Estado do Rio de Janeiro (Brasil), a Baía de Sepetiba é um corpo costeiro que sofre muito com os efeitos da eutrofização recente induzida pelo ser humano. Foi realizada uma abordagem multiproxy nos três testemunhos, onde a partir dos dados texturais, de mineralogia, geoquímica e micropaleontológicos, foi possível elucidar os processos de transporte sedimentar e das alterações do ambiente com o passar dos anos. O SP4 foi o testemunho considerado o mais preocupante, com altos índices de poluição, foi o testemunho que mostrou o quanto o desaste ambiental patrocinado pela Cia Ingá Mercantil foi maléfico para a manutenção da vida da Baía de Sepetiba, deixando o testemunho altamente enriquecido com PTEs como Cd e Zn. O SP9, mais distal e próximo da restinga da Marambaia, elucidou que mesmo em regiões distantes da área fonte, o ambiente ainda sofrem com impactos significativos da poluição. Além disso, o processo de dragagem de material de fundo, combinado com a ação da Restinga da Marambaia como redutora da hidrodinâmica local, propiciou um maior acúmulo de poluentes na região. Por fim, o testemunho SP11, o mais externo de todos e o que possui o registro mais antigo (~2250 BP), e uma sucessão contínua de foraminíferos, também foi identificado uma quantidade significativa de PTEs (Zn e Cd), porém não tão altas como os outros testemunhos. A sucessão faunística do SP11 foi dividida em 4 fases de acordo com a alterações da assembleia, e foi notada um aumento expressivo no gênero Ammonia no último intervalo, além da identificação de uma espécie invasora na região, típica do Mar do Caribe, denominada Ammonia buzasi, que pode ser um grande indicativo da perturação do homem no ambiente, mesmo que mais oceânicos.