Apgar menor que 7 no 5º minuto de vida: de 1999 a 2019, o que mudou? Estudo populacional com base no sistema de informações de nascidos vivos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22699 |
Resumo: | O Brasil convive com elevada taxa de mortalidade e morbidade perinatal. Ao contrário dos países desenvolvidos, no Brasil a maioria dos óbitos perinatais é determinada pelas condições da gestante, características da assistência ao parto e ao recém-nascido. Apesar da variação entre observadores na avaliação do escore de Apgar, ele permanece um indicador útil das condições gerais do recém-nascido. O objetivo deste estudo é descrever a taxa de índice de Apgar inferior a 7 no 5º minuto de vida nos anos de 2018 e 2019, comparando-a com a taxa de índice de Apgar inferior a 7 no 5º minuto de vida do ano de 1999, e descrever fatores de risco associados ao desfecho. Trata-se de estudo de corte transversal baseado na população de nascidos vivos do Brasil no ano de 1999 e no biênio 2018-2019. Foram avaliadas todas as declarações de nascidos vivos (DNV) obtidas a partir do banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). As frequências foram comparadas entre os grupos por meio do teste qui-quadrado de Pearson e foi realizada análise de regressão logística multivariada. Adotou-se nível de significância estatística de 0,05. Foram analisadas 9.050.521 DNVs em nossa pesquisa. Constatamos que 2,1% dos recém-nascidos tiveram Apgar de 5º minuto < 7 em 1999 em comparação com 0,9% em 2018-2019. A análise multivariada indicou que gemelidade e gravidez na adolescência deixaram de ser fatores de risco para Apgar de 5º minuto < 7. Dentre os fatores de risco, nota-se aumento da prematuridade, baixo peso ao nascer e anomalias congênitas. Observou-se melhoria de marcadores maternos, em especial aumento da idade materna, do nível de escolaridade e melhora da cobertura pré-natal em todas as regiões do país, mais notadamente nas regiões Norte e Nordeste. Tais achados demonstram que fatores sociais constituem elementos centrais na determinação dos padrões de morbidade e de mortalidade das sociedades e o comprometimento das condições de vida da população se reflete na prevalência de desfecho gestacional desfavorável. |