Avaliação dos recém-nascidos a termo com índice de apgar baixo de um Hospital Geral Terciário, público e de ensino no Ceará, em 2005

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinto, Maria Solange Araújo Paiva
Orientador(a): Silva, Anamaria Cavalcante e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5132
Resumo: INTRODUÇÃO: A asfixia intra-uterina e a intraparto, o baixo peso ao nascer, as infecções e a prematuridade9 constituem as principais causas de óbitos neonatais do recémnascido. O índice de Apgar é um dos critérios usados para diagnosticar asfixia. OBJETIVO: Analisar o perfil dos recém-nascidos a termo com índice de Apgar baixo (≤ 6) e índice de Apgar maior ou igual a 7, que nasceram em um Hospital Público no município de Fortaleza-Ce, no ano de 2005. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo analítico, retrospectivo, do tipo caso-controle, de base hospitalar. A população do estudo foi constituída pela coorte da pesquisa “Tendências e Diferenciais na Saúde Perinatal no Município de Fortaleza, Ceará: Comparação entre 1995 e 2005. Foram selecionados recém-nascidos (RNs) com idade gestacional maior ou igual a 37 semanas. Os que apresentaram índice de Apgar ≤ 6 foram definidos como casos enquanto aqueles com índice de Apgar maior ou igual a 7 constituíram o grupo controle, ficando a amostra composta por 626 RNs, sendo 313 casos e 313 controles. Empregou-se um questionário estruturado, adaptado do instrumento de coleta de dados da pesquisa, com variáveis sociodemográficas, obstétricas, clínicas. RESULTADOS: Na amostra 62,5% eram filhos de mulheres na faixa etária de 20-34 anos. Na análise multivariada foi considerado como fator de risco para índice de Apgar baixo as variáveis: baixa escolaridade da mãe (OR= 2,48 IC95%: 1,22- 5,06), tempo de trabalho de parto (OR=1,79 IC95%:1,03-3,11), peso ao nascer (OR=3,25 IC95%:1,15 -3,25), tipo de parto (OR=1,83 IC95%: 1,33-2,51) e SHG ( OR=2,07, IC95%:1,34 -3,16). As variáveis idade materna, situação conjugal, ocupação, consulta pré-natal, sexo do RN e dia do nascimento não apresentaram associação com a variável desfecho. CONCLUSÃO: as mães dos recém-nascidos eram na sua maioria jovens, pertencentes às classes sociais menos favorecidas. O índice de Apgar baixo pode ser decorrente de fatores clínicos, obstétricos, perinatais, de organização da atenção ao binômio parturiente-feto e do contexto socioeconômico.