Ausência de rituais fúnebres e suas repercussões na experiência de luto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: França, Jaynete de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21567
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar as possíveis repercussões da ausência de sepultamento na experiência de luto. Para tanto, adotamos a perspectiva da fenomenologia-hermenêutica, buscando nos aproximar da expressão desse fenômeno em seu caráter mais originário. O percurso da pesquisa está estruturado em três etapas: inicialmente, realizamos uma revisão narrativa da literatura, abordando a ausência de rituais fúnebres e analisando detidamente os estudos sobre a temática da morte e do luto, elementos indispensáveis para compreender o fenômeno na contemporaneidade. Em seguida, recorremos aos gregos antigos para analisar esse fenômeno através da tragédia sofocleana Antígona e do poema épico Ilíada, nos permitindo salientar o caráter epocal presente nas repercussões desse fenômeno. Por fim, ao nos aproximarmos dos relatos de experiência de pessoas enlutadas, especialmente durante a recente pandemia COVID-19, pudemos apreender esse fenômeno em seu caráter epocal, manifestado nas expressões singulares dessas pessoas. Considerando os elementos discutidos ao longo desta pesquisa, tecemos uma reflexão crítica sobre a abordagem presente nas atuais conjecturas sobre a ausência de rituais fúnebres. Observamos incongruências e limitações nessas abordagens, que tendem a preconizar teorias generalizantes e até mesmo psicopatologizantes sobre esse fenômeno intrínseco à existência humana e, portanto, imponderável.