Variabilidade da frequência cardíaca e a percepção do estresse mental entre médicos residentes e estudantes de medicina em um plantão de emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Schubert, Daniel Ujakow Correa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22741
Resumo: Quando Médicos Residentes (MR) e Estudantes de Medicina (EM) são inseridos em um ambiente de Emergência, eles inevitavelmente encontram estresse: o gerenciamento de múltiplas demandas e o enfrentamento de situações de vida e morte. Todos esses fatores são estressores nesses jovens médicos em formação. Isso pode impactar não só na sua performance e aprendizado, bem como no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e burnout. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC), por medir a flutuação dos batimentos cardíacos decorrente da interação entre sistema nervoso autônomo (SNA) simpático (SNS) e parassimpático (PNS), tem sido considerada promissora como um parâmetro objetivo da mensuração fisiológica do estresse O objetivo desse trabalho é mensurar a VFC de curta duração antes e depois dos plantões, estimar o estresse percebido e avaliar os padrões de recuperação em ambos os grupos após os plantões. A VFC foi mensurada utilizando-se o monitor de pulso Polar® Verify Sense antes e após cada plantão diurno (PD) ou noturno (PN). O estresse percebido foi avaliado utilizando-se o Inventário de Ansiedade Estresse-Estado simplificado (IDATE-S6) e as Unidades Subjetivas de Distresse. Esse trabalho incluiu 60 participantes com uma idade média de 26 anos, sendo 55% mulheres. EM apresentaram redução significativa no índice de SNS após o PD (1,42±2,07 vs 0,32±1,54; p=0,001) e o PN (0,97±1,64 vs 0,29±1,24; p=0.004), enquanto MR mantiveram os mesmos níveis de atividade simpática (PD: 1,41±1,66 vs 0,88±1,04, p=0,138; PN: 1,41±1,13 vs 1,24±1,20, p=0,399). Dados psicológicos do IDATE-S6 mostraram diferenças estatisticamente significantes, com mais estresse percebido antes do que após o PD em ambos os grupos (EM: 12±4 vs 14±4, p=0,042; MR: 14±4 vs 16±4, p=0,040), o que não foi observado no PN (EM: 12±3 vs 12±3, p=0,843; MR: 15±3 vs 15±4, p=0,400). A VFC de curta duração antes e depois dos plantões diurnos e noturnos entre estudantes de medicina e médicos residentes mostrou aumento da atividade simpática antes de cada plantão com um aumento mais sustentado e pronunciado na população dos médicos residentes.