O cinema como pedagogia de criação: a experiência do projeto Olho Vivo no campo da educação não formal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Almeida, Leandro Baptista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23226
Resumo: Esta pesquisa busca analisar através da experiência do Projeto Olho Vivo com a produção dos filmes “Preto, Favelado. Escravo, Fujão.” e “Mobilidade e Resistência: São Gonçalo também quer pedalar" a potência de uso da linguagem cinematográfica enquanto prática de educação emancipatória e estímulo à participação sociopolítica. Simultaneamente, ao realizar essa análise, se constitui uma investigação do caráter pedagógico da proposição formativa em cinema e audiovisual desenvolvida pelo projeto junto aos sujeitos (as) envolvidos (as). O percurso metodológico tem abordagem qualitativa, foi realizado entre o s anos de 2022 e 2024, e utiliza a metodologia de análise documental de registros audiovisuais, de filmes produzidos no contexto das oficinas do projeto e de entrevistas realizadas com os diretores destes filmes, sendo eles também estudantes do projeto. O conceito de educação emancipatória nas perspectivas de Paulo Freire e Maria da Glória Gohn auxilia nas discussões sobre os desdobramentos de uma pedagogia centrada na criação a partir das experiências de formação do projeto Olho Vivo através do cinema e do audiovisual. Quanto a essa abordagem do campo de estudos sobre cinema e educação, a pesquisa considera as colaborações de Alain Bergala e Adriana Fresquet, sobretudo o conceito de pedagogia da criação, como transversal. Desta forma, a pesquisa evidencia a importância do fazer cinema nos processos de ensino aprendizagem, refletindo sobre o ato de criar enquanto proposição pedagógica que se imbrica aos conceitos de educação emancipatória, participação sociopolítica, educação não formal, e as concepções de visualidades e contravisualidades trabalhadas por Nicholas Mirzoeff. Enquanto descobertas nesta pesquisa, foi constatada uma metodologia singular exercitada pelo projeto Olho Vivo em que se materializa a conjugação entre técnica e política na pedagogia utilizada através do cinema e do audiovisual, se destacou a proposição de um ato pedagógico centrado no fazer que configura um processo de produção de contranarrativas em perspectiva de mudança da cultura do olhar dos sujeitos envolvidos; e por fim, a pesquisa evidencia a relação entre o campo da educação não formal com o campo da educação formal através de uma interpenetração entre o projeto Olho Vivo e as escolas parceiras com as quais foram desenvolvidas ações formativas.