A representação do indígena na cartografia portuguesa do século XVI
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13556 |
Resumo: | O pioneirismo português nas Navegações levou ao desenvolvimento da cartografia, sendo o século XVI, o seu auge. Essa técnica foi importante para delimitar o território, expressar o imaginário referente ao Novo Mundo e destacar traços culturais dos nativos através das representações imagéticas nos mapas coloniais, retratavam um novo mundo e uma nova humanidade: as populações autóctones da América. Ao longo do século dezesseis os indígenas foram decodificados e reinterpretados em cartas de missionárias, narrativas de cronistas e em documentos cartográficos. Essas imagens, presentes nos mapas lusitanos que destacam Brasil e a América do Sul caracterizavam uma visão etnocêntrica do português em relação aos nativos da América. A iconografia revela uma descrição do bom e do mal selvagem, ou seja, em alguns mapas são ilustrados como integrantes da paisagem, cheio de exotismo e romantismo; em outros documentos aparecem imagens de homens selvagens e canibais; assim, concluímos que os mapas manuscritos transmitiam visões ambíguas sobre os indígenas. Neste sentido, a pesquisa visa analisar e sistematizar as imagens, assim como as informações contidas nestes documentos, fazendo um cruzamento de fontes cartográficas e relatos dos viajantes. Tal trabalho também busca aprofundar-se nessas representações imagéticas, para compreender a perspectiva etnocêntrica e cristianizada em relação ao indígena, sendo uma forma de legitimar a escravização, aculturação e extermínios desses povos. A linha de pesquisa baseou-se na Nova História Cultural, utilizando a metodologia de um regime de memória, dialogando com a antropologia e a geografia, considerando as problemáticas inerentes ao tema. A iconografia nesses documentos foi analisada além do seu teor artístico, mas de sua intencionalidade. O foco no quinhentismo justifica-se devido às descobertas, possessões territoriais e consequentemente, o auge da cartografia lusitana. |