Características geomorfológicas do canal do Rio Alcântara: subsídios ao entendimento das inundações em áreas urbanas

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Vieira, Cilene Daudt
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP)
• Palavras-chave em Português: River basin; Fluvial geomorphology; Alcantara River; Longitudinal profile and Flooding; Bacia hidrográfica; Geomorfologia fluvial; Rio Alcântara; Perfil longitudinal e Inundações; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13466

Nos últimos anos a ocorrência com maior incidência das inundações em bacias hidrográficas urbanizadas vem se expandindo e acarretando danos a sociedade. Diversos são os fatores que podem ocasionar, acelerar ou intensificar os episódios das inundações nesse sistema tão sensível com as bacias hidrográficas. Utilizando com área de estudo o rio Alcântara, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a dinâmica fluvial do rio Alcântara, elaborando assim, uma avaliação dos três setores do perfil longitudinal ao longo da bacia e correlacionar as características geomorfológicas e de uso do solo na dinâmica de inundações. A presente pesquisa tem por objetivo identificar as áreas susceptíveis a inundações ao longo do perfil longitudinal, e como essas áreas de alagamento se distribuem ao longo do perfil correlacionando as variáveis do uso do solo, geomorfologia e as rupturas de declive. Assim, obtendo uma análise mais detalhada e observando que não só o uso do solo estabelecido pela intervenção antrópica subsidia áreas mais suscetíveis, mas também, devido á composição geomorfológica que unido os dois fatores podem resultar em áreas de maior susceptibilidade e a ocorrência de eventos com maior intensidade. Os procedimentos metodológicos utilizados para realizar a pesquisa foram as revisões bibliográficas sobre a bacia do rio Alcântara e os processos geomorfológicos, formação de bases de dados para realizar mapeamentos; para obter os gráficos e informações das suas variáveis geomorfológicas e trabalhos de campo. Para refinar todos os procedimentos metodológicos utilizou-se as ferramentas do geoprocessamento para realizar o perfil longitudinal, cujo, o objetivo é correlacionar as variáveis geomorfológicas e sobrepor, para realizar uma síntese hidrológica. Salienta-se, que o alto curso é uma área de baixa susceptibilidade devido a sua área de floresta preservada e pouco uso urbano, suas maiores susceptibilidades estão ligadas as maiores declividades e as rupturas de declividade que fazem com que a água ganhe velocidade. O médio curso foi classificado como de média a alta susceptibilidade devido ao seu uso quase majoritário urbano, causando a impermeabilização do solo, desmatamento, escoamento superficial, assoreamento dos canais e grandes obras de engenharias como pontes e estradas. Devido a esses elementos os canais perdem a sua capacidade para suportar picos de vazão e as obras de engenharia tornam-se barreiras na passagem da água gerando a diminuição da água causando o empilhamento dos fluxos ocasionando as inundações. No baixo curso, são áreas de alta susceptibilidade devido a suas baixas declividade, por serem áreas de confluência de canais e por estarem inseridas em áreas de manguezais que sofrem influências da dinâmica de maré, além dessas planícies de inundação estarem densamente ocupadas aumentando os efeitos das inundações a vida humana.