Efeito biológico de uma fonte de luz halógena e de um LED na sobrevivência de culturas de Escherichia coli
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14159 |
Resumo: | A diversificação das fontes de luz empregadas para fotopolimerização de compósitos e o seu extenso uso nas diversas aplicações odontológicas, torna necessária a investigação da biocompatibilidade das mesmas. A conseqüente exposição dos tecidos durante estes procedimentos, sugere fortemente que mais investigações sobre os efeitos biológicos da luz com comprimentos de onda correspondentes ao da luz azul são necessárias. O efeito positivo provocado pela evolução dos aparelhos fotopolimerizadores desviou a atenção das possíveis alterações fototóxicas sobre o profissional e o paciente. Além disso, o aumento da temperatura causado por estes aparelhos fotopolimerizadores de maiores densidades de potência pode ser prejudicial ao tecido pulpar. Da mesma maneira, a presença de um corante no meio bucal e sua conseqüente exposição à luz azul poderia levar à formação de radicais livres, o que em situações de estresse oxidativo, poderia causar danos aos tecidos adjacentes. Este fenônemo é denominado Ação Fotodinâmica. O objetivo deste estudo foi avaliar em cepas de Escherichia coli (E. coli): (i) o potencial citotóxico de duas fontes de ativação utilizadas em procedimentos odontológicos durante 40 e 80 s de exposição; (ii) o efeito biológico do enxaguatório bucal da marca Plax Classic®, contendo corante vermelho; (iii) o efeito biológico da associação das fontes de luz ao enxaguatório bucal da marca Plax Classic®, contendo corante vermelho (ação fotodinâmica), durante 40 e 80 s de exposição; (iv) medir a emissão de calor gerada pelas fontes de luz. Foram utilizadas suspensões bacterianas de E.coli AB1157 (proficiente em mecanismos de reparo de lesões no DNA) e de E. coli BW9091 (deficiente no gene xthA-, envolvido no reparo por excisão de bases), irradiadas por um aparelho de luz halógena e um LED, que apresentam comprimentos de onda correspondentes ao da luz azul e densidades de potência de 430 mW/cm2 e 1669 mW/cm2, respectivamente. As medições da potência foram realizadas através de um lediômetro, para o LED, o Hilux LEDMAX, e um radiômetro acoplado ao próprio aparelho de luz halógena, Optilux 501. A partir dos resultados deste estudo, pôde-se constatar que: (i) as fontes de luz nas densidades de potência utilizadas e nos tempos de exposição realizados, não foram capazes de alterar a sobrevivência celular; (ii) o enxaguatório bucal isoladamente reduziu a sobrevivência das cepas de E. coli BW9091 e não causou efeito nas cepas de E. coli AB1157; (iii) quando o enxaguatório bucal foi associado às fontes de luz observamos que não houve diminuição da sobrevivência para as duas cepas bacterianas nos dois períodos de exposição, porém, na cepa mutante, BW9091, houve uma proteção contra o efeito citotóxico do enxaguatório bucal tanto em 40 quanto em 80 s para as duas fontes de luz; (iv) o aumento da temperatura das duas fontes de luz durante a fotoativação não foi capaz de reduzir a sobrevivência das cepas bacterianas. As fontes de luz utilizadas neste trabalho não apresentaram letalidade às cepas de E. coli. O enxaguatório bucal apresentou efeito biológico para a cultura de E. coli BW9091, possivelmente pela sua natureza antimicrobiana. A associação dos agentes físico e químico neste estudo não pareceu causar um estresse oxidativo nas células a ponto de reduzir a sobrevivência das culturas bacterianas, contrariamente, pareceu ativar mecanismos de proteção celular na cepa de E. coli BW9091 e mantê-la mais resistente à ação antimicrobiana do enxaguatório bucal. A variação da temperatura, apesar de elevada, parece ter sido dissipada pelo meio aquoso que continha a cultura bacteriana. |