O feminino capturado: uma poética do corpo em I am my own wife, de Doug Wright, e na adaptação de Dama da noite, de Caio Fernando Abreu, para o teatro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Valentim, Felipe Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6912
Resumo: A pesquisa apresentada nesta dissertação está empenhada na leitura sobre as representações do corpo através da escrita cênica presente na dramaturgia I am my own wife, de Doug Wright, e na adaptação do conto Dama da noite, de Caio Fernando Abreu, para o teatro. Neste percurso, por meio de uma abordagem da construção da imagem feminina, numa perspectiva comparada, os mecanismos de interpretação e politização do corpo são analisados, do mesmo modo que o processo de construção de subjetividades também desenhado pelos corpos de papel. Nossa abordagem do corpo é feita em diálogos com as proposições de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Tania Navarro-Swain, Erving Goffman, Josette Féral, Judith Butler, entre outros. É importante ressaltar que as metáforas teatrais estão presentes em todo o trabalho e, muitas vezes, elas incidem no estreitamento da percepção realidade e ficção. Desta maneira, outra abertura nos é permitida; mas desta vez, sobre o corpo documental que também constrói a imagem feminina na cena. As formulações de Jacques Rancière, desta forma, nos levam a uma discussão sobre razão das ficções e a razão dos fatos, desfazendo alegorias em torno da ficção na contemporaneidade para colocá-la a serviço do tom documental assumido pelos corpora desta pesquisa. Firmado no caráter transitório dos processos, nossa conclusão sinaliza que o eu se refaz em retomadas da superfície corpórea após momentos em que se submete a camadas de injunções sociais