O Brasil entre a vassoura do político e o fuzil do guerrilheiro: Tramas da condecoração de Che Guevara nos meandros da Guerra Fria (1958-1973)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendes, Alberto Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18168
Resumo: O presente trabalho de investigação buscou compreender as conjunturas nacional e internacional nas quais se movimentou Jânio Quadros, a fim de responder à seguinte questão: Por que Jânio Quadros condecorou Che Guevara? O trabalho demonstra seu ineditismo nas fontes analisadas, nas questões levantadas e na abordagem escolhida, passíveis de preencher lacunas históricas que, até então, pareciam intransponíveis. Apoiado em um quadro teórico-metodológico de concepção dialética da história, busquei compreender o contexto histórico de agravamento da luta de classes no Brasil e o acirramento das tensões internacionais, em função da derrota dos Estados Unidos no ataque perpetrado contra Cuba em abril de 1961. Foram utilizadas fontes recolhidas nos arquivos públicos do Ministério das Relações Exteriores (DF), Biblioteca Nacional (RJ), Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Biblioteca do Ministério da Fazenda (RJ), meios digitais, entre outros locais. Com base nas fontes pesquisadas foi possível contestar a ideia da motivação única e identificar que houve várias motivações para Jânio Quadros condecorar Che Guevara, dentre as quais a de que o presidente Jânio confirmaria a independência dele em relação a partidos e políticos com um ato de Política Externa Independente, no contexto do não-alinhamento defendido a partir de Bandung.