Percursos de integração de solicitantes de refúgio na cidade do Rio de Janeiro: a construção da cidadania refúgio
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23019 |
Resumo: | A pesquisa que se segue teve como objetivo compreender como são traçadas as experiências de integração de solicitantes de refúgio na cidade do Rio de Janeiro. Especificamente, objetivou analisar as distintas relações que esses atores estabelecem com instituições públicas e privadas envolvidas em seu acolhimento. O percurso teórico baseou-se no conceito de cidadania, compreendido como um conjunto de práticas de acesso a direitos e de participação na comunidade política. A cidadania na modernidade é vinculada ao Estado-Nação e sua população, sendo o refugiado uma força disruptiva nesse nexo; a noção de cidadania refúgio é uma resposta aos abalos provocados pela migração no nexo nacionalidade-soberania-cidadania. A investigação do encontro entre o sujeito refugiado e a sociedade de acolhida foi realizada entre 2023 e 2024, por meio de entrevistas biográficas com três alunos solicitantes de refúgio do curso de português do Programa de Atendimento a Refugiados e Solicitantes de Refúgio (PARES), oferecido pela Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro. O roteiro das entrevistas baseou-se na literatura sobre o campo de integração local e seus marcos de análise das políticas públicas. Para a análise das entrevistas foram selecionadas seis esferas: moradia, educação, saúde, assistência social, trabalho e vínculos sociais no Brasil e com o país natal. As experiências dos solicitantes de refúgio revelam a contínua tensão entre a não acolhida, a acolhida precarizante e o acesso a uma estrutura de proteção social sólida. O não domínio da língua portuguesa constitui uma barreira na garantia ao acesso a distintos direitos e à vivência da vida social. A barreira se expressa também pelo apagamento de suas vivências profissionais e educacionais pretéritas. O traçado de seus movimentos pela cidade revela a precarização de suas vidas, mas sinalizam também a esperança. |