Avaliação da remoção de bisfenol A no tratamento combinado de esgoto doméstico e lixiviado de aterro pelo processo de lodo ativado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Tainá da Conceição
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11082
Resumo: O lixiviado de aterro sanitário contém desreguladores endócrinos (DE), que estão presentes no meio ambiente em concentrações na ordem de μg.L-1 e ng.L-1. O bisfenol A é um dos DE mais estudados recentemente. Sua presença tem sido confirmada em diversas matrizes, tais como ar, águas superficiais, afluentes e efluentes de estação de tratamento de esgoto e lixiviado de aterro. As estações de tratamento de esgoto (ETE) normalmente utilizam processos biológicos como principal tecnologia. Esses sistemas de tratamento de efluentes são projetados com o objetivo de reduzir a carga de poluentes orgânicos e, eventualmente, nutrientes e microrganismos patogênicos. A remoção de BPA não é um objetivo específico desses sistemas e qualquer remoção desse composto durante o tratamento é inerente ao processo de tratamento utilizado. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a remoção de bisfenol A no tratamento combinado de lixiviado e esgoto através do processo de lodo ativado operando em regime batelada e contínuo. Para isso, utilizaram-se reatores em escala de bancada que foram alimentados com misturas de lixiviado/esgoto de 0%, 2% e 5% (v/v). Os parâmetros físico-químicos foram avaliados de modo a verificar a eficiência do tratamento em relação à remoção da matéria orgânica. A concentração de BPA foi avaliada nos afluentes, efluentes, no lodo e no lixiviado utilizado, e para tal utilizou-se EFS e CLAE/FLU. Em relação à remoção de matéria orgânica observou-se diminuição na qualidade do efluente tratado com o incremento de lixiviado na mistura. As eficiências de remoção de matéria orgânica alcançadas no regime contínuo foram 89%, 82% e 63%, respectivamente para as misturas 0%, 2% e 5%. Em relação à quantificação de BPA nas diferentes matrizes, constatou-se uma concentração de BPA na faixa de 2 a 20 µg.L-1 para o lixiviado, de 0,147 a 2,084 µg.L-1 nos afluentes, de 0,081 a 6,938 µg.L-1 nos efluentes tratados e de 3,506 a 86,568 µg.g-1 de lodo seco no lodo utilizado. O processo de lodo ativado operando em regime contínuo apresentou melhor desempenho do que operando em regime de batelada, tanto para a remoção de BPA, quanto de matéria orgânica. A quantidade de BPA no efluente final aumentou com o aumento de BPA nas misturas. Não foi observada remoção de BPA no regime de batelada e no regime contínuo as eficiências de remoção foram de 24% e 42,5%, respectivamente para o esgoro puro e para a mistura de 2%. Na mistura de 5% não se observou remoção. A presença de BPA foi detectada no lodo utilizado.