Características epidemiológicas e clínicas de pacientes com dor crônica oriundos da atenção primária: experiência de um hospital universitário em um país em desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Areunete, Guillherme Salcedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19860
Resumo: A dor crônica é um problema de saúde com impacto significativo na qualidade de vida. No entanto, em países em desenvolvimento, estudos epidemiológicos sobre dor crônica em serviços de atenção primária são escassos. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil dos pacientes com dor crônica encaminhados da atenção primária ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Foram analisados dados de 906 pacientes adultos com dor crônica não oncológica durante sua primeira visita ao centro de dor do HUPE ao longo de 2019. O Inventário Breve de Dor (IBD) e a escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) avaliaram a intensidade da dor e seu impacto na atividade diária e transtorno de humor, respectivamente. A população foi predominantemente feminina (68,8%), com mais de cinquenta anos (66,3%), com menos de 11 anos de estudo (86,5%), com sobrepeso ou obesidade (75,2%). A dor generalizada esteve presente em 43,6% dos pacientes. Além disso, 81,9% da amostra referiu a dor como moderada ou intensa, com alta interferência nas atividades diárias (>50%). O local mais acometido foi a região lombar seguida pelos membros inferiores (79,2%), membros superiores (56,1%) e coluna cervical (43,4%). Uma proporção elevada da população estudada tinha uma pontuação HAD > 9 para ansiedade (67,4%) e depressão (52,2%). Os pacientes com dor intensa eram predominantemente mulheres de meia-idade (77%) e indivíduos com altos níveis de ansiedade e depressão. A intensidade da dor também esteve associada à ansiedade e depressão. As características biopsicossociais associadas à dor crônica mostram a importância de direcionar políticas de prevenção e cuidado que contemplem uma abordagem multidisciplinar para fornecer avaliação e tratamento mais precisos e eficientes.