Influência do ciclo menstrual e o uso de contraceptivos no controle autonômico cardíaco durante o repouso e na transição repouso-exercício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Teixeira, André Luiz da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8251
Resumo: O ciclo menstrual (CM) possui uma natureza cíclica que dura em média 28 dias onde as variações nas concentrações dos hormônios gonadais femininos, principalmente de estrogênio e progesterona, determinam suas três fases: folicular, ovulatória e lútea. O uso de contraceptivos orais (CO) é uma estratégia muito utilizada pelas mulheres para evitar a gravidez em que as pílulas promovem uma dosagem hormonal constante o que evita essa oscilação periódica. Devido a algumas ações cardiovasculares relacionadas aos hormônios sexuais femininos, diversos estudos foram desenvolvidos com o objetivo de verificar a influência do CM no controle autonômico cardíaco em repouso. Nesse sentido, a presente pesquisa tem como objetivo verificar a influência do CM e o uso de CO no controle autonômico cardíaco durante o repouso e na transição repouso-exercício. Para isso, três estudos específicos foram desenvolvidos (uma revisão sistematizada e dois artigos originais). Os resultados da revisão sistematizada demonstraram que as diferentes fases do CM podem modificar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso de mulheres que não utilizam CO, sendo que a fase folicular é caracterizada por um aumento da atividade vagal cardíaca e a fase lútea por um aumento da atividade nervosa simpática (Estudo 1). Através dessa revisão, foi observado que a grande maioria dos estudos utilizavam apenas mulheres que não utilizavam CO, sendo que a influência do uso de CO no controle cardiovascular não estava claro. Nesse sentido, nós recrutamos 17 voluntárias entre 19 e 31 anos que utilizavam CO por um período mínimo de seis meses e analisamos VFC durante duas fases: a fase ativa do uso de CO e a fase sem a utilização de CO (Estudo 2). Os resultados demonstraram que a VFC não é modificada pelo CM em mulheres que utilizam CO. Além disso, buscamos verificar a influência do CM e o uso de CO no controle autonômico cardíaco no início do exercício dinâmico (Estudo 3). Para isso, 13 mulheres que não utilizavam CO e 17 usuárias de CO foram avaliadas através do teste de exercício de quatro segundos nas três diferentes fases do CM (folicular, ovulatória e lútea). Os resultados demonstraram que as diferentes fases do CM ou a utilização de CO não modificam a retirada vagal cardíaca na transição repouso-exercício. Esses resultados nos permitem concluir que o CM pode modificar a VFC em repouso de mulheres que não utilizam CO, sendo que essa variação não ocorre em usuárias de CO. Além disso, a retirada vagal cardíaca na transição repouso-exercício não é influenciada pelas diferentes fases do CM independente do uso de CO