Mutações nos genes ASXL1, NRAS/KRAS, TP53 em pacientes com síndrome mielodisplásica e leucemia mielóide aguda secundária à síndrome mielodisplásica
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8802 |
Resumo: | A síndrome mielodisplásica (SMD) é um grupo bastante heterogêneo de doenças clonais, caracterizado por hematopoese ineficaz, apoptose e risco aumentado de evolução para leucemia mielóide aguda (LMA). Ao longo dos anos, pouco se evoluiu em relação ao manejo desta entidade. Com o desenvolvimento de índices prognósticos como o IPSS (International Prognostic Scoring System) em 1997, o WPSS (World Health Organization-Prognostic Scoring System) em 2005 e, mais recentemente, o IPSS-R (Revised International Prognostic Scoring System) em 2012, houve melhora na estratificação e na estimativa do prognóstico. O IPSS ainda é considerado padrão para a classificação prognóstica das SMD, entretanto, não raro, observamos pacientes com comportamentos clínicos distintos coexistindo no mesmo grupo de estratificação. Isso sugere que os escores disponíveis atualmente ainda são falhos e que existe necessidade de uma classificação mais refinada. Com o avanço no conhecimento da SMD, em muito estudos tem sido destacada a importância da investigação das mutações somáticas como fatores responsáveis pelo pior prognóstico e evolução da doença. Neste estudo, foram incluídos 50 pacientes com diagnóstico de SMD acompanhados no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) entre 2012 e 2014. Foram analisadas mutações nos genes ASXL1, NRAS/KRAS e TP53 por meio de extração e sequenciamento de DNA genômico. Dos 50 pacientes analisados, 42 deles (84%) apresentaram algum tipo de mutação. A mutação no gene ASXL1 foi a mais frequente, estando presente em 41 pacientes (82%), seguida do gene TP53, presente em 10 pacientes (20%) e NRAS encontrada em apenas 1 paciente (2%). No grupo LMA secundária a SMD (LMA t), 11% apresentaram mutação no TP53 e 78% no ASXL1, nenhuma mutação foi encontrada nos genes NRAS e KRAS. Neste estudo não foram observadas diferenças entre os grupos mutado e não mutado em relação à sobrevida global, fibrose da medula óssea, necessidade transfusional ou em relação ao grau de citopenias. Esperamos que o acompanhamento desse grupo a longo prazo permita o esclarecimento dessas associações de maneira mais significativa. |