Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Luciene da Cruz |
Orientador(a): |
Zanette, Dalila Lucíola |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30504
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: Mutações em inúmeros genes são descritas em neoplasias mielóides. O avanço de técnicas de sequenciamento contribuiu para a identificação destas mutações em pacientes com citopenias e sem critérios diagnósticos para neoplasia mielóides. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de mutações nos genes: SF3B1, TET2, U2AF1, IDH1/2, TP53, OGG1, XRCC1 e APEX1 em pacientes com citopenias, síndrome mielodisplásica e neoplasias mielóides relacionadas. MATERIAL E MÉTODOS: A extração de DNA foi realizada a partir de sangue da medula óssea de pacientes maiores de 18 anos e com diagnóstico de citopenias e neoplasias mielóides relacionadas sem tratamento específico no momento da coleta. Foi realizado o sequenciamento por PCR dos fragmentos que continham as principais mutações. Os dados foram analisados com o software IBM SPSS Data Analysis and Statistical Software, versão 21.0. RESULTADOS: Foram avaliados 47 pacientes, 22 pacientes com diagnóstico de citopenia sem critérios para diagnóstico de neoplasias mielóides, 18 pacientes com Síndrome Mielodisplásica, 5 pacientes com diagnóstico de Síndrome Mielodisplásica/Síndrome Mieloproliferativa não classificada e dois casos com Leucemia Mielóide Aguda Secundária. A mediana de idade do grupo total de casos foi 65 anos, com leve predomínio do sexo masculino (57,4%). Trinta e quatro pacientes (72,3%) apresentaram pelo menos um gene mutado. Os principais genes mutados em ordem decrescente de frequência foram: APEX1 (58,8%), XRCC1 (47%), U2AF1 (31,2%), OGG1 (29,4%), TET2 (28,1%), TP53 (9,4%), SF3B1 (6,7%) e IDH2 (6,2%). O grupo com Síndrome Mielodisplásica apresentou o maior número de casos com genes mutados (p=0,042). Vinte e seis casos, com pelo menos uma mutação identificada, tinham cariótipo normal (p=0,319) e os pacientes com idade superior a 60 anos apresentaram maior taxa de pelo menos um gene mutado (p=0,021). A presença de mutação foi maior com níveis de hemoglobina maiores que 10g/dL (p=0,035) e porcentagem de blastos menor que 2% na medula óssea (p=0,023). No grupo de pacientes com diagnóstico de Síndrome Mielodisplásica, a presença de mutação também foi mais associada a porcentagem de blastos na medula óssea menor que 2% (p=0,007). CONCLUSÕES: O perfil de mutações nos genes avaliados neste trabalho apresentou frequência diferente em relação a dados previamente publicados em relação aos genes SF3B1 e U2AF1. Isto pode estar relacionado a diferenças étnicas populacionais de nossa amostra estudada. A frequência alta de mutações germinativas nos genes de reparo: XRCC1, OGG1 e APEX1 foi um resultado relevante e chama a atenção a presença destas mutações no grupo de pacientes com citopenia clonal de significado indeterminado. Estudos adicionais são necessários para melhor avaliação deste resultado e suas implicações em evolução prognóstica. |