Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil: esquerdas e direitas ante a centralidade da questão nacional (1945-1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pacheco, Diego Grossi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20674
Resumo: A questão nacional foi um dos grandes eixos sob o qual se desenrolaram os conflitos políticos ocorridos no Brasil durante a IV Quarta República (1945/46-1964). A presente tese analisa essa temática com foco no tratamento dado à mesma nas produções discursivas das principais lideranças das forças políticas à esquerda e à direita no período. Trabalha-se tais espectros políticos de maneira comparada a partir da abordagem sugerida pela área conhecida como História Cruzada, visando observar os conflitos e trocas entre esses setores, nas quais o conceito de nacionalismo foi alvo de disputas. Com isso, recorre-se também às ferramentas do campo intitulado História dos Conceitos para identificar o conceito de nacionalismo e suas relações com outros conceitos fundamentais para o seu entendimento (patriotismo, desenvolvimento e democracia). Enquanto entre as lideranças de esquerda era hegemônico trabalhar a questão nacional a partir de um viés anti-imperialista, centrado na busca por justiça social e no papel do Estado (por ter na instituição estatal o meio de garantir a soberania nacional e combater as desigualdades sociais); para as direitas abordadas, o Brasil e seus problemas específicos deveriam ser prioritariamente pensados e solucionados em sintonia com (o que seria, para elas) as tradições nacionais, com destaque para a noção do Brasil como parte de uma “civilização ocidental” liberal-capitalista e cristã – o que alegavam ser pragmaticamente vantajoso. Presente nos dois espectros políticos, o conceito de nacionalismo adquiria uso polissêmico para, quando não rejeitado, ao menos se enquadrar e, por vezes, organizar, essas perspectivas específicas acerca da questão nacional.