Investigação das características sedimentológicas, morfológicas e dinâmicas de bancos transversais (tipo “finger bars”) na margem norte da restinga da Marambaia (baía de Sepetiba, RJ)
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17191 |
Resumo: | As ondas e correntes dominam os processos de remobilização e transporte de sedimentos nas zonas costeiras, e podem originar uma variedade de feições nestas regiões. Neste contexto, os bancos transversais do tipo finger bars são acumulações de areia com orientação oblíqua ou perpendicular à costa e paralelos entre si. Eles são encontrados em ambientes de diferentes características, seja em praias abertas ou costas protegidas. Este estudo contribui para o entendimento das características destas feições em um ambiente abrigado, mais especificamente na margem interna da restinga da Marambaia, baía de Sepetiba, Rio de Janeiro. Para tal, foi realizada a análise temporal de um conjunto de imagens de satélite e coleta de 32 amostras de sedimentos superficiais de fundo das cristas e cavas de 15 bancos de orientação NE-SO para a caracterização geométrica e granulométrica das feições. Também foram conduzidos dois fundeios simultâneos na região ao longo de dois ciclos de maré (25 horas - profundidade média de 3 e 5 metros), a fim de conhecer suas características hidrodinâmicas e determinar as velocidades críticas que levam a remobilização dos sedimentos de fundo. Além da coleta de amostras de água para determinação das concentrações do material particulado em suspensão. Dois grupos de bancos transversais ocorrem ao longo da margem interna da restinga. O primeiro grupo, formado por bancos de orientação NE-SO, foi estudado a partir de uma série de 12 imagens (resolução < 1m) obtidas no programa Google Earth Pro. O segundo grupo, formado por bancos de orientação NO-SE, foi estudado com base em 36 imagens do satélite Sentinel 2A/B (resolução 10 metros). Em geral, são observados uma média de 8 bancos/km de orientação NE-SO por aproximadamente 23 km de extensão, com comprimento de onda médio (λ) de 72 m, desvio padrão médio de 33 m e distância transversal à costa de até 680 metros, compostos por sedimentos classificados como areia média nas suas cristas e cavas. Os bancos de orientação NO-SE, estendem-se de 6 a 9 km, no setor oeste da restinga, onde é observada uma média de 18 bancos, com comprimento de onda médio (λ) de 537 m, desvio padrão de 177 m e distância transversal à costa de até 875 metros. Os dois grupos de bancos transversais migram para oeste em taxas que variam de 3,6 a 18,2 m/ano. As correntes registradas apresentaram intensidades de até 0,26 m/s. As estimativas da velocidade cisalhante indicam que as correntes são capazes de remobilizar areia média em determinados momentos durante o fundeio. Dadas às características da região do presente estudo, sugere-se que os mecanismos envolvidos na formação e manutenção dos bancos transversais sofrem grande influência das correntes de maré que adentram a baía. |