Análise de ambientes deposicionais da bacia da Baía de Sepetiba/RJ com base em dados geológicos e geofísicos
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17026 |
Resumo: | A área deste estudo localiza-se na plataforma continental da bacia da baía de Sepetiba e na parte interna da baía de Sepetiba onde foram utilizadas técnicas geológicas e geofísicas com o objetivo de investigar estruturas em subsuperfície e assim realizar uma modelagem geológica de detalhe, a fim de desvendar qual o processo de formação desse ambiente, se por variações eustáticas ou simplesmente por atuação de tectonismo. Para tal foram utilizadas 03 ferramentas geofísicas: GPR - Ground Penetrating Radar, MAG - Magnetometria Terrestre (ambos na plataforma continental) e Perfilagem Sísmica (parte interna da baía de Sepetiba), além de dados de sondagem e de difração de raios-X. Em termos paleoambientais, os resultados de difração de raios-X nos mostraram que o sistema cordão A, o intercordão e o cordão B faz parte de um sistema fluvio-deltáico com influência marinha pela atuação de retrabalhamento dos sedimentos da planície costeira, onde preteritamente havia uma drenagem à qual desembocava na baía de Sepetiba. Os resultados de GPR, em conjunto com dados de sondagem na área, nos mostram 02 pacotes bem definidos e delimitados por diferenças deposicionais entre eles. O mais superficial (até 8 metros de profundidade) aparece com camadas plano-paralelas evidenciando um ambiente de baixa energia, e as camadas abaixo de 08 metros de profundidade mostram refletores irregulares a caóticos evidenciando terem sido depositados em um ambiente de alta energia. Nos resultados de MAG foram detectadas anomalias magnéticas interpretadas como intrusões de diques de diabásio de direção NE/SW, mesma direção da maioria dos lineamentos estruturais mapeados na área e vistos na literatura. Os resultados da perfilagem sísmica de alta resolução e frequência (3,5 KHz) nos mostram algumas importantes feições deposicionais. Foi observado um paleocanal preenchido, a oeste da baía de Sepetiba, no perfil 01, como também discordâncias angulares e refletores descontínuos e progradantes. Além dessas feições foi observada a existência de embasamento em forma de vales e altos no perfil 01 e terraços arenosos em todos perfis analisados. Esse fato demonstra que a plataforma continental e a planície costeira de Itaguaí passaram por processos de pequenas oscilações e estabilizações na variação do nível do mar no decorrer do último evento transgressivo holocênico. Conclui-se, com a integração dos dados, que o ambiente deposicional dessa bacia teve como principal fator atuante as variações eustáticas, às quais colaboraram para o acúmulo de sedimentos na área, mas também os processos tectônicos do Paleoceno até o recente foram importantes na formação de estruturas geológicas e na formação desse espaço deposicional. |