Mulheres e uma distopia estética com o Conto de Aia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fonseca, Priscila Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19892
Resumo: A presente pesquisa cartografa a primeira temporada da série The Hands MadeTale – O Conto da Aia. Trata-se de uma série distópica baseada no livro da escritora canadense Margaret Atwood, que retrata uma República chamada Gilead, que se consolida como um regime teocrático e autoritário. Nesse contexto, as mulheres férteis têm como função a procriação, denominada Aias, vestem um vestido vermelho e usam abas brancas na cabeça, para terem sua visão limitada. Gilead se estrutura em castas e, além das Aias, existem os Comandantes, Esposas, Olhos, Martas. O objetivo deste estudo, portanto, é fazer ver e falar sobre as mulheres que permeiam os espaços sociais e formativos tendo como ponta estética a série, forjando uma conversa entre conceitos e intercessoras. Com o que nos força a pensar – intercessoras – a escrita da dissertação, realizada no feminino, acontece por meio dos dez episódios da primeira temporada, sendo atravessada por acontecimentos do presente, buscando, ao mesmo tempo, um posicionamento ético, estético e político. Há conceitos e autoras que funcionam a favor desta cartografia: dispositivo, panoptismo, processos disciplinares que atravessam a sociedade, gênero, discurso, sujeição e os corpos das mulheres, dentre outros. Coloca-se em análise interdições, práticas discursivas que reforçam os assujeitamentos das mulheres. Para tanto, há outras intercessoras como as personagens da série, a exemplo de Guacira Lopes Louro, Silvia Federici, Judith Butler, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Felix Guattari. Face a isto, a aposta é a de problematizar o tema das mulheres e suas redes aquecidas, os processos formativos e a singularidade que nos levaram a essa pesquisa.