Caminhos desafiadores da gestão em escolas públicas que atendem a região do Complexo do Alemão e da Penha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Camila da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19459
Resumo: O presente estudo se propôs a investigar os desafios da gestão educacional em escolas da rede municipal localizadas em áreas de violência urbana. Desenvolvemos, como hipótese, que a gestão democrática nessas escolas pode contribuir para contornar as dificuldades provenientes dos conflitos locais, marcados pela violência urbana. Como objetivos específicos desse estudo, analisamos: (i) a concepção de gestão escolar e de gestão democrática dos gestores de quatro unidades escolares da rede municipal de ensino do RJ localizadas na região do Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro e (ii) as estratégias e táticas adotadas pela gestão para enfrentar os desafios provenientes da violência urbana em quatro escolas do ensino fundamental que se localizam nessas regiões. Para isso, traçamos como caminho teórico-metodológico: estudo bibliográfico sobre a violência urbana e violência escolar a partir das produções de Weyrauch (2011); Lucas (2011); Abramovay & Rua (2009) e Monteiro e Rocha (2016) e gestão educacional e gestão democrática à luz das produções de Libâneo (2012) e Hora (2007), respectivamente. Por meio de análise documental, analisamos a legislação pertinente à gestão escolar da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Para consecução da parte empírica da pesquisa, aplicamos entrevistas com as gestoras das unidades escolares escolhidas a partir dos critérios delimitados. Como resultados desse estudo, apresentamos os desafios, estratégias e táticas delineadas pelos gestores das escolas pesquisadas à luz de Certeau (1998). Constatamos que a prática da gestão participativa colabora fundamentalmente para contornar, ou ao menos dirimir, episódios de violências no interior das escolas a partir da prática do diálogo com os atores envolvidos. Quanto às estratégias para conter a violência externa, constatamos que as gestões possuem relativa autonomia para traçar planos mais efetivos nessa direção. Falta-lhes, a nosso ver, apoio institucional no sentido de resguardar a segurança de alunos, professores e demais atores nas escolas em áreas de violência urbana. Como reflexo dessas ausências, constatamos que os gestores “fazem o que podem” por meio de “ações e reações” num cenário de insegurança face à violência urbana nas regiões do Complexo do Alemão e da Penha. O produto desse estudo consiste na construção de um almazine que tem por objetivo trazer para o debate a realidade social da comunidade escolar do entorno do Complexo do Alemão e da Penha e como as escolas pesquisadas desenvolvem seu cotidiano de gestão educacional tendo a violência urbana associada à rotina escolar.