Estudo morfológico do útero de fetos humanos: diferenças na organogênese relacionadas à anencefalia
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22752 |
Resumo: | Os defeitos do tubo neural (DTN) são um dos tipos mais prevalentes de anomalias congênitas que afetam o sistema nervoso central; sendo a anencefalia a sua apresentação mais grave. A hipótese neste trabalho é que a anencefalia impacta no desenvolvimento da do útero durante o período fetal humano. Deste modo, o objetivo deste estudo é comparar os parâmetros biométricos do útero de fetos femininos com e sem anencefalia. Como metodologia foram estudados 34 fetos do sexo feminino (22 normais e 12 anencefálicos), com idades entre 12 e 22 semanas pós-concepção (SPC). Os parâmetros biométricos foram registrados. A dissecção é feita com o feto em decúbito dorsal; uma incisão subcostal bilateral permite o acesso às estruturas abdominais e pélvicas. Neste momento, é realizado um primeiro registro fotográfico, com posterior extração da pelve em bloco, contendo todo trato geniturinário. Em seguida, com auxílio de um microscópio Zeiss Discovery V8, que permite a aquisição de novas imagens, os fetos foram submetidos à dissecção pélvica e individualização das estruturas do trato urinário (bexiga e uretra) e genital (útero, vagina e ovários). As aferições do comprimento e a largura do útero foram realizadas no programa Image J, v. 1.46r. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS, v. 13.0. O nível de significância foi ajustada pela correção de Bonferroni (p < 0,0071). Foram realizados testes de comparação das médias e também avaliadas as correlações lineares para os dois grupos quanto às medidas do útero e os parâmetros antropométricos idade em SPC, peso em gramas (g) e comprimento vértice-cóccix (CVC) em centímetros (cm). Identificamos diferenças significativas entre o comprimento do útero (mm)/peso (g) × 100 (p = 0,0046) e largura do útero (mm)/peso (g) × 100 (p = 0,0013) quando comparamos o controle com o grupo anencefálico. A análise de regressão linear indicou que 80% de significância foi encontrada em as correlações em fetos normais (12,9 a 22,6 SPC) e 40% de significância em fetos anencefálicos (12,3 a 18,6 SPC). A análise de regressão múltipla indica que 40,4% das variações no comprimento uterino (mm)/peso (g) × 100 e 32,9% largura do útero (mm)/peso (g) × 100 são variações aleatórias ou devidas a outros fatores que não a idade, CVC e anencefalia. Por conclusões, observamos que as medidas do útero foram maiores no grupo anencefálico mas a análise de regressão múltipla sugere que a anencefalia não é capaz de justificar isoladamente as variações das medidas uterinas. Mais estudos translacionais são necessários para ampliar a compreensão sobre como a anencefalia pode afetar a formação uterina durante o período fetal humano. |