Fatores preditivos para o reganho ponderal em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica sem acompanhamento por equipe multiprofissional de saúde: seguimento
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22453 |
Resumo: | Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica não mantêm acompanhamento médico regular. Este trabalho compara o uso de álcool, sintomas depressivos, qualidade de vida relacionada à saúde, prevalência de transtornos alimentares e síndrome de dumping entre pacientes pós-bariátricos sem acompanhamento médico regular com baixa vs. alta taxa de reganho ponderal (TRP). Também compara características demográficas, história clínica, perfil metabólico e dados cirúrgicos. Utilizou-se como metodologia noventa e quatro pacientes pós- bariátricos participaram do estudo e foram divididos em dois grupos de acordo com a TRP alta (≥ 20%) e baixa (<20%). Responderam ao Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT), Beck Depression Inventory (BDI), 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36), Eating Disorder Examination Questionnaire (EDE-Q), Repetitive Eating Questionnaire [Rep(eat)-Q] e Questionário de Dumping (Score de Sigstad modificado). Obteve-se como resultado as circunferências do pescoço e da cintura, pressão arterial diastólica e tempo de cirurgia foram maiores no grupo alto reganho vs. baixo (P≤0,05). Não foram detectadas diferenças entre os grupos para uso de álcool e sintomas depressivos (P≥ 0,07), mas aqueles com alto reganho exibiram piores indicadores de qualidade de vida (capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor corporal e vitalidade) (P≤ 0,05). No grupo baixo reganho, a TRP foi inversamente correlacionada com a capacidade funcional/social e vitalidade. Associações positivas estavam presentes entre TRP vs. sintomas depressivos, enquanto as negativas foram observadas para a capacidade funcional e percepção geral de saúde no grupo alto reganho. Para os transtornos alimentares, o alto reganho exibiu maiores escores no EDE_Q para escore total de transtorno alimentar, restrição alimentar e preocupações com peso do que o baixo reganho, bem como para as subescalas comer repetitivo e comer compulsivo. Por outro lado, nenhuma diferença entre os grupos foi detectada nas subescalas de preocupação com alimentação e forma corporal. Um total de 82,9% dos pacientes reportou sintomas sugestivos de síndrome de dumping, sem diferença entre os grupos. Concluiu-se que foram encontrados valores altos no escore total do EDE_Q em ambos os grupos, mas ainda maiores no grupo de alto reganho, assim como resultados bastante elevados no Rep(eat)-Q e maiores no grupo de alto reganho tanto para asubescala de comer compulsivo, como na de comer repetitivo. A prevalência de sintomas depressivos após a cirurgia bariátrica também é alta, mas não diferiu entre os grupos de alto e baixo reganho ponderal. A qualidade de vida piorou naqueles que reganharam mais peso, principalmente nos componentes físicos da escala. O uso de álcool não diferiu entre os grupos estudados e a síndrome de dumping parece não estar relacionada a recuperação do peso. Nossos resultados sugerem a importância e a necessidade do acompanhamento regular destes pacientes por uma equipe de saúde multiprofissional, dando especial atenção aos fatores comportamentais modificáveis para o planejamento de estratégias de prevenção ao reganho ponderal |