A Relação Sociedade e Natureza no Livro Didático de Geografia do Ensino Médio do PNLD
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13493 |
Resumo: | O ensino de geografia pode desenvolver no aluno a capacidade de compreensão das dinâmicas socioespaciais, podendo atuar criticamente com o objetivo de promover a transformação daquele. Para que a Geografia consiga atingir seu propósito, o professor recorre a diversas linguagens, e dentre essas, está o livro didático, que ainda funciona como um dos recursos mais utilizados no processo de ensino e aprendizagem. Tal afirmação se torna contundente quando se parte para a análise das condições da escola pública e do trabalho a que o professor está submetido. Portanto, o livro didático se mostra necessário, se não indispensável, para auxiliar nas atividades didático-pedagógicas. Para que o professor possa fazer a escolha certa do livro a ser utilizado no processo de construção do saber, é necessário que este tenha conhecimento teórico e metodológico da disciplina, o que possibilita fazer uma análise de como o livro aborda o conteúdo. Essa pesquisa tem como objetivo discutir a relação sociedade e natureza a partir das novas concepções críticas do pensamento geográfico e do discurso da crise ambiental na Geografia. O procedimento metodológico contou a princípio com a escolha do livro com base nos seguintes critérios: foram analisadas as três coleções de livros didáticos do Ensino Médio mais bem escolhidas pelos professores da educação básica, e que compunham o Programa Nacional para o Livro Didático - PNLD de 2015. Investigou-se a superação da Geografia fragmentária e se há possibilidade de construção do saber geográfico que favoreça a leitura crítica do espaço, a partir da relação do homem com a natureza. Para proceder com as análises, foi criada uma ficha de avaliação em que ficaram definidos os seguintes critérios: caracterização geral do livro, consistência e clareza dos conteúdos referentes à relação sociedade-natureza e as concepções de natureza do manual do professor. Foram investigados aspectos pedagógico-metodológicos, ou seja, orientações para abordagem do tema, temáticas, textos atualizados, referências/bibliografias (vídeos, documentários, fontes diversas que os autores indicam para trabalhar com questões ligadas à concepção de natureza). Esse trabalho foi desenvolvido utilizando as técnicas da Análise de discurso, com base nos estudos de Orlandi (2015). A pesquisa nos direciona a entender o sentido da Geografia presente no livro didático, que é fazer com que o aluno se compreenda como sujeito que faz parte de uma sociedade, participa da construção das relações sociais e de produção do espaço geográfico, e pode intervir e transformar a sociedade através do seu conhecimento e das suas práticas. Devemos assumir o compromisso com uma Geografia que estabeleça relação da sociedade com a natureza, escolher os livros didáticos que mais se aproximem dessa característica, pois este muitas vezes pode se constituir como o único material que os alunos têm em mãos. A análise dos livros possibilitou entender que ainda há um caminho para se percorrer no sentido de fazer da Geografia uma ciência única, a fim de romper de vez com a divisão Geografia Física e Geografia humana, além de perceber que, apesar da existência de características dicotômicas, já identificamos avanços nessas coleções. |